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Estado de Minas VANDALISMO

Duda Salabert analisa crescimento de atos neonazistas: 'violência absurda'

A deputada federal eleita falou sobre o ataque à escola municipal de Contagem que foi pichada com frases e símbolos neonazistas


29/11/2022 19:16 - atualizado 29/11/2022 19:17

A deputada federal eleita, Duda Salabert (PDT), falou, em entrevista ao Estado de Minas nesta terça-feira (29/11), sobre o crescimento de grupos neonazistas no Brasil, relacionou o fenômeno à crise econômica e ao surgimento de governos autoritários.

  

 


A parlamentar apontou, ainda, os desafios que a educação vai enfrentar no combate aos atos violentos em instituições de ensino e 
classificou o ataque à escola municipal de Contagem, na Grande BH, como “um ato de vandalismo de uma violência absurda”.
 
A Escola Municipal José Silvino Diniz, no Bairro Solar do Madeira, foi invadida durante a madrugada de hoje, vandalizada e pichada com frases e símbolos neonazistas.
 
Deputada federal eleita Duda Salabert
Para a parlamentar, desafio será saber como transformar as escolas em espaços seguros (foto: Jorge Gontijo/EM/D.A Press)
 
A parlamentar também lembrou dos ataques às escolas em Aracruz, no Espírito Santo, que ocorreram na última sexta-feira (25/11), quando um adolescente invadiu as instituições e matou quatro pessoas. “Esse adolescente estava portando não só uma arma, mas uma suástica nazista. Devemos discutir o combate à violência dentro das escolas”, afirmou.

Duda atribuiu o crescimento de grupos neonazistas no Brasil, na América Latina e no mundo a dois grandes fatores. O primeiro seria o contexto de crise econômica. 

“Estamos na maior crise sócio-econômica da história do capitalismo. Um capitalismo em crise é terreno fértil para a barbárie. Ela se manifesta de diversas formas e em diversas facetas, entre elas governos autoritários, totalitários e autocráticos. Eles são o segundo ingrediente para o surgimento e crescimento desses grupos.”  

Para a deputada eleita, esses governos têm como denominador comum a perseguição de grupos considerados minoritários, como a comunidade LGBT, negros, indígenas e mulheres. “A gestão de Jair Bolsonaro flertou com o autoritarismo e acabou pavimentando o crescimento desses grupos. Isso se deu a partir da perseguição.” 

Ela cita falas irresponsáveis do atual presidente sobre o assunto. “Falas como estas têm resultado, infelizmente, na sociedade. Um deles é esse que nós vimos, um crescimento exponencial de grupos neonazistas.” 

Segundo a parlamentar, no próximo governo o desafio será saber como transformar as escolas em espaços seguros. “Sem militariza-las e entendê-las como uma engrenagem. Um espaço fundamental para criação de consciências antirracistas, antinazistas, anti-autocráticas. Consciências pautadas na cidadania, acho que é esse o papel da escola”, concluiu. 

Ameaças de morte 


Duda Salabert foi alvo de ameaças de morte de grupos neonazistas durante a campanha eleitoral de 2022. Em agosto, os ataques foram feitos por e-mail. "Perder seu emprego foi só o começo, na próxima vez você vai perder sua vida", dizia um trecho da mensagem. 

Algumas semanas depois, a parlamentar foi vítima de novos ataques fazendo com que precisasse de escolta da Guarda Municipal e uso de colete à prova de balas. 


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