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COVID: Brasil não deve cumprir cronograma de vacinação prometido para abril

Apesar de o ingrediente farmacêutico necessário para finalizar doses ter chegado, o Instituto Butantan precisa, em média, de 20 dias para liberar o fármaco


23/04/2021 08:10

(foto: SERGEI SUPINSKY)
(foto: SERGEI SUPINSKY)
A uma semana de encerrar o mês de abril, o Brasil caminha para não cumprir, mais uma vez, o cronograma de vacinas contra a COVID-19. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, atualizou o compromisso de entregar 30,5 milhões de doses dos imunizantes ao Programa Nacional de Imunização (PNI).

Mas, até o momento, há garantia de 24 milhões, a partir da matéria-prima já disponível no Brasil. Por atrasos no envio do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), o Instituto Butantan só garantiu 5,2 milhões de unidades da CoronaVac para abril. Pelo mesmo problema, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) demorou para engatar a produção, e os 27 milhões esperados para o mês se transformaram em 18,8 milhões.

Vacina que mais tem chegado aos braços dos brasileiros até o momento, a CoronaVac só volta a ser entregue ao Ministério da Saúde em maio. O ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para fazer 5 milhões de doses chegou na segunda-feira, mas como a produção leva, em média, 20 dias, o Instituto Butantan não conseguirá fechar o cronograma de abril, faltando 3,6 milhões de doses para completar as 46 milhões prometidas.

Hoje, a Fiocruz disponibiliza 5 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca. Os envios ao Ministério da Saúde serão feitos às sextas-feiras e não mais duas vezes na semana. A mudança foi acordada junto à pasta e aos conselhos de secretários de saúde estaduais e municipais (Conass e Conasems), “em razão de questões logísticas relacionadas à distribuição das vacinas”, justificou a fundação. Contando com o montante, a Fiocruz ainda precisa entregar mais 6,7 milhões de doses para honrar o compromisso do mês.

Os estados recebem, ainda em abril, 700 mil doses da CoronaVac que foram entregues ao governo federal a partir da IFA de importações anteriores. “As entregas das novas doses ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) deverão ser retomadas na primeira semana de maio”, informou o Butantan, em nota à imprensa.

Não há confirmação do envio da nova remessa de 3 mil litros de IFA, suficientes para produzir outros 5 milhões de doses e dar continuidade ao acordo de 100 milhões de unidades negociadas com a pasta de Saúde. Segundo o instituto paulista, a liberação “aguarda autorização para embarque e deve chegar nas próximas semanas a São Paulo”.

Contando com as doses que foram distribuídas pelo ministério na quianta-feira (22/4), o Butantan entregou 41,4 milhões de unidades ao PNI. O ritmo de entrega de abril foi mais de quatro vezes menor do que o de março. Neste mês, foram disponibilizadas mais 5,2 milhões de doses; em março, 22,7 milhões.

Queiroga

Somando as duas iniciativas, o país fecharia abril com 24 milhões de doses incorporadas ao PNI, 6,5 milhões a menos do que o anunciado por Queiroga. Ao responder sobre os atrasos, o ministro afirmou ser necessário “parar de contar vacinas” e “deixar de ver só problema” no âmbito da pandemia. “Na realidade, a gente está aqui para dar solução à nossa população. Fica com essa coisa de contar doses de vacina. Vamos vacinar a população brasileira”, disse, na última coletiva, a jornalistas. Na ocasião, ele afirmou que a nova expectativa é terminar a vacinação do grupo prioritário, que engloba 77 milhões de brasileiros, em setembro. A previsão anterior era encerrar essa etapa em julho.

Para que abril se encerre com um quantitativo maior de doses, os governadores fazem pressão para aprovação da importação e do uso emergencial da vacina Sputnik V, com contrato firmado de 37 milhões de doses, além de produção nacional autônoma de 800 mil doses mensais pela União Química.

Outra esperança é a chegada de doses da Pfizer, que já possui autorização de uso no país. Há previsão de um milhão de unidades, pela farmacêutica, e outras 800 mil, por meio da aliança multilateral Covax Facility.

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


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