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Estado de Minas PANDEMIA

Estudo responsabiliza má gestão do governo por mortes no Brasil

Artigo na revista Science cita a promoção de remédios ineficazes pelo governo federal e a falta de um plano nacional como culpados pelo grande número de mortos


14/04/2021 16:39 - atualizado 14/04/2021 16:57

Conduzido por pesquisadores brasileiros e norte-americanos, o artigo aponta que a 'perigosa inação e irregularidades' do governo de Jair Bolsonaro gerou o agravamento da pandemia no Brasil(foto: Agência Brasil/Reprodução)
Conduzido por pesquisadores brasileiros e norte-americanos, o artigo aponta que a 'perigosa inação e irregularidades' do governo de Jair Bolsonaro gerou o agravamento da pandemia no Brasil (foto: Agência Brasil/Reprodução)
Um artigo publicado nesta quarta-feira (14/4) na revista Science, uma das revistas científicas mais prestigiadas do mundo, indicou que a “inação do governo brasileiro” gerou um agravamento na pandemia de COVID-19 ao lado do sistema de saúde em colapso.

A revista cita a promoção de remédios ineficazes pelo governo federal e a falta de um plano nacional como grandes culpados pelos 358.718 mortos no país.

Para ler o artigo da Sciense na íntegra clique aqui

Conduzido por pesquisadores brasileiros e norte-americanos, o artigo aponta  que a "perigosa inação e irregularidades" do governo brasileiro, "incluindo a promoção da cloroquina como tratamento," geraram agravamento da pandemia no Brasil, aceleraram mortes e casos e levaram o sistema de saúde ao colapso.

“No Brasil, a resposta federal tem sido uma combinação perigosa de inação e irregularidades, incluindo a promoção da cloroquina como tratamento, apesar da falta de evidências”, escrevem os cientistas.

Segundo o artigo, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderia ter dado uma resposta eficaz à pandemia, mas a falta de incentivo e ações imediatas, tendo em vista o negacionismo do Planalto, travam a contenção do vírus.

“Sem uma estratégia nacional coordenada, as respostas locais variaram em forma, intensidade, duração e horários de início e fim, até certo ponto associadas a alinhamentos políticos. O país tem visto taxas de ataque muito altas e carga desproporcionalmente maior entre os mais vulneráveis %u200B%u200Biluminando as desigualdades locais”, pontuam.

Os ciêntistas também citam a variante brasileira de Manaus, na qual eles qualificam como "uma nova variante de preocupação que é estimada em 1,4-2,2 vezes mais transmissível e capaz de escapar da imunidade de infecção anterior”.

“Essa variante está se espalhando por todo o país. Tornou-se o mais prevalente em circulação em seis dos oito estados onde as investigações foram realizadas”, escreveram.

Ainda segundo o artigo, o Brasil deve enfrentar fome e miséria caso nada seja feito com urgência. “O fracasso em evitar essa nova rodada de propagação facilitará o surgimento de novos VOCs [variantes de preocupação], isolará o Brasil como uma ameaça à segurança da saúde global e levará a uma crise humanitária completamente evitável”, finaliza.
 

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


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