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Estado de Minas PACIENTES GRAVES

COVID-19: novo estudo mostra que azitromicina não tem eficácia

Resultados foram publicados na revista científica The Lancet ontem. Segundo o estudo, não houve diferença na recuperação dos pacientes que receberam o antibiótico e outros que não receberam


05/09/2020 07:00 - atualizado 05/09/2020 07:19

Estudo brasileiro revelou que antibiótico não surtiu efeito em pacientes graves da COVID-19(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press 18/7/20)
Estudo brasileiro revelou que antibiótico não surtiu efeito em pacientes graves da COVID-19 (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press 18/7/20)
Um novo estudo brasileiro do grupo Coalizão Covid-19 Brasil concluiu que o antibiótico azitromicina não traz benefícios na recuperação pacientes adultos hospitalizados com formas graves de COVID-19. Os resultados foram publicados na revista científica The Lancet nessa sexta-feira (4). Segundo o estudo, não houve diferença na recuperação dos pacientes que receberam o antibiótico e outros que não receberam.
Este é o primeiro estudo randomizado do mundo para testar os efeitos da azitromicina em pacientes de COVID-19 em estado grave. Segundo a coordenadora do Comitê Científico da Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet), uma das instituições que fazem parte do grupo Coalizão COVID-19 Brasil, Flávia Machado, a azitromicina é um antibiótico que é usado no tratamento de pneumonia bacteriana, mas nunca havia sido testado efetivamente contra o vírus da COVID-19.
 
“Da mesma forma da hidroxicloroquina, a azitromicina tem sido muito usada por médicos para tratar COVID sem nenhuma evidência de real benefício. Então, a importância do estudo vêm exatamente do fato da gente estar agora mostrando cientificamente que ela não tem a eficácia. É lógico que a gente gostaria de mostrar o contrário, gostaria de encontrar uma solução, algo que ajudasse, mas também não adianta a gente se iludir e continuar usando medicações que não tem efeito”, declarou em entrevista ao Estado de Minas.
 
Ao todo, 397 pacientes infectados pelo novo coronavírus serviram de base para a análise principal pesquisa.Todos eram portadores de fatores de risco para agravamento da doença e cerca de 50% dos pacientes incluídos nesta pesquisa estavam em ventilação mecânica quando o estudo começou. Por meio de um sorteio, 214 pacientes receberam azitromicina mais o tratamento padrão e 183 receberam tratamento padrão sem azitromicina. A avaliação mostrou que não houve diferença significativa na mortalidade e no tempo médio de internação entre os dois grupos.

O Brasil ultrapassou nessa sexta-feira (4) a marca de 125 mil mortes em decorrência do novo coro- navírus. Balanço do Ministério da Saúde apontou 888 óbitos nas últimas 24 horas, levando o total de vítimas fatais a 125.052. No mesmo intervalo, foram notificados 50.163 casos. O país soma 4.091.801 infectados por covid-19. A pasta registra 3.278.243 recuperados e 688.056 em acompanhamento. O Brasil é a segunda nação do mundo mais afetada pela doença. Os Estados Unidos seguem em primeiro, com 6.132.074 casos e 186.173 mortes. A Índia vem em terceiro lugar: bem próxima do Brasil em contaminações (3.936.747) e com 68.472 óbitos. Os dados são das autoridades federais de saúde dos países. 

Cloroquina

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comparou os críticos da hidroxicloroquina com ateus dentro de um avião caindo. O comentário foi feito ontem, durante uma visita em Eldorado, São Paulo. O remédio não tem eficácia comprovada cientificamente. “A cloroquina é igual a ateu quando o avião começa a cair, daí se lembra de Deus. Ai, meu Deus do céu, o avião tá caindo. A cloroquina é a mesma coisa. O que tem pra tomar?”, afirmou, rindo. O presidente também disse que mais de 200 pessoas foram contaminadas pela COVID-19 no Palácio do Planalto. Segundo ele, a maioria fez o uso do medicamento. De acordo com Bolsonaro, caso algum familiar dele pegue a doença, como por exemplo a mãe, de 94 anos, ele tem médicos de confiança para prescrever o medicamento. 
 

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?


Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

 


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