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Estado de Minas PANDEMIA

OMS: segundo ano de pandemia da COVID deve ser mais mortal que o primeiro

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, segundo ano da pandemia deve causar mais mortes que o primeiro


14/05/2021 12:37 - atualizado 14/05/2021 12:50

(foto: AFP / PRAKASH MATHEMA)
(foto: AFP / PRAKASH MATHEMA)
O segundo ano da pandemia está prestes a provocar mais mortos do que no ano passado - alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (14/5), no momento em que vários países vislumbram a esperança de uma vida mais normal, enquanto outros, como a Índia, continuam a sofrer devastação.

A pandemia da COVID-19 matou pelo menos 3,3 milhões de pessoas em todo mundo desde o final de dezembro de 2019. O aparecimento de variantes e o progresso desigual das campanhas de vacinação continuam a preocupar.

De acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, "no ritmo que as coisas vão, o segundo ano da pandemia será muito mais mortal do que o primeiro".

Ele também pediu aos países que desistam de vacinar crianças e adolescentes contra a covid e doem as doses assim liberadas para o sistema Covax. Com isso, elas seriam redistribuídas para os países desfavorecidos.

Diante de resultados considerados animadores pelos governos, vários países, especialmente da Europa, estão reabrindo suas economias enfraquecidas.

Nesta sexta, a Grécia suspendeu todas as restrições de circulação, após sete meses de confinamento, para relançar uma esperada temporada de turismo. Agora, a única condição para viajar para a Grécia é estar vacinado, ou apresentar teste negativo de covid.

"Os restaurantes estão abertos, podemos ir à praia, aproveitar o bom tempo, fazer compras... É maravilhoso poder sair de novo", exclama em Creta a turista alemã Caroline Falk, de 28 anos.

O governo grego lançou uma grande campanha de vacinação, com o objetivo de que as ilhas estejam "totalmente protegidas até o final de junho". No total, mais de 3,8 milhões de pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina neste país de 11 milhões de habitantes.

Tendo em vista a temporada turística, a Itália anunciou, por sua vez, que suspenderá a partir de domingo a quarentena de cinco dias para os turistas europeus. A pandemia provocou a pior recessão do Pós-Guerra na península, cujo PIB é fortemente dependente do setor de turismo.

Campanha de detecção

A Inglaterra também se prepara para dar um grande passo, com a reabertura de museus, hotéis e estádios na segunda-feira (17), graças à queda acentuada do coronavírus, após um longo confinamento e a vacinações realizadas com agilidade.

Um surto da variante indiana no noroeste da Inglaterra e em Londres preocupa as autoridades, porém, que decidiram lançar uma campanha de detecção acelerada.

Enquanto isso, a França anunciou que os viajantes de quatro novos países (Colômbia, Bahrein, Costa Rica e Uruguai), em uma lista de 12, estariam sujeitos a uma quarentena de dez dias a partir de domingo.

Nos Estados Unidos, a campanha de imunização possibilitará o levantamento da obrigatoriedade do uso de máscara para pessoas totalmente vacinadas, o que representa cerca de 35% da população.

"Se você estiver totalmente vacinado, não precisa mais usar máscara!", disse o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na quinta-feira.

A única exceção: as autoridades sanitárias recomendam sempre que as pessoas vacinadas continuem a usar máscara nos transportes (aviões, ônibus, trem, etc.), bem como nos aeroportos e estações ferroviárias.

Com mais de 584.000 mortes, os Estados Unidos continuam sendo o país que mais sofreu com a pandemia, à frente do Brasil (mais de 430.000), Índia (mais de 258.000), México (219.590) e Reino Unido (127.640).
(foto: AFP / Rizwan TABASSUM )
(foto: AFP / Rizwan TABASSUM )

"Deixamos pessoas morrendo"

Na Índia, em meio a um surto epidêmico devastador, muitos estados estão lutando contra a escassez de vacinas, limitando as disponíveis para os 600 milhões de adultos de 18 a 44 anos que agora podem ser vacinados.

A vacinação com o imunizante russo Sputnik V começou nesta sexta-feira neste país de 1,3 bilhão de habitantes. As primeiras injeções ocorreram em Hyderabad (centro), após a aprovação urgente do uso da vacina por Nova Délhi, em 12 de abril.

Depois de mergulhar as grandes metrópoles indianas no caos, com falta de medicamentos, de oxigênio e de leitos para os doentes, o vírus continua a causar estragos na zona rural, carente de infraestruturas.

Os mortos são enterrados e, às vezes, abandonados nos rios, enquanto os enfermos tentam se curar com decocções de plantas. Nos últimos dias, mais de 100 cadáveres acabaram nas margens do Ganges, aumentando o temor de uma situação igualmente terrível em outros lugares.

"Nós deixamos pessoas morrer", disse à AFP Kidwai Ahmad, contatado pela AFP de sua aldeia de Sadullahpur, no estado de Uttar Pradesh. "É a Índia que escondemos de todos".

O Japão estendeu, por sua vez, nesta sexta, o estado de emergência - já aplicado em seis departamentos, incluindo o de Tóquio - para três departamentos adicionais em face do aumento de casos, a apenas dez semanas da abertura dos Jogos Olímpicos na capital.

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


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