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Estado de Minas

Cresce o escândalo da carne de cavalo


postado em 16/02/2013 07:25



Londres
– Testes realizados no Reino Unido detectaram a existência de carne de cavalo em refeições servidas em hospitais, escolas e restaurantes. Os resultados foram divulgados depois que autoridades do setor de segurança alimentar britânico terem ordenado que supermercados e fornecedores examinassem todas as refeições etiquetadas como contendo carne bovina, em busca de traços de carne de cavalo. Com isso, o escândalo sobre produtos adulterados se agrava e vai além de alimentos vendidos em supermercados e aponta para toda uma fraude na cadeia de produção.

Diante do crescimento de casos de alimentos com problemas, a União Europeia aprovou um amplo programa de testes de DNA nos produtos de carne bovina para avaliar a escala do escândalo envolvendo rotulagem enganosa de carne de cavalo. "Eu saúdo a rápida aprovação pelos Estados-membros de um plano que eu coloquei na mesa dois dias atrás e os conclamo a manter a pressão nos seus esforços para identificar um cenário mais claro e uma sequência de eventos", disse o diretor para saúde do bloco, Tonio Borg, em comunicado.

O plano inicial de um mês de testes também vai procurar por resíduos de drogas potencialmente prejudiciais à saúde, depois de resultados positivos em testes realizados em oito cavalos abatidos no Reino Unido para o anti-inflamatório fenilbutazona, que é ilegal na carne para consumo humano. Os resultados iniciais dos testes são esperados para meados de abril.

Autoridades britânicas informaram que a carne estava presente em tortas entregues a 47 escolas no condado de Lancashire, no Norte da Inglaterra. Vários hospitais da Irlanda do Norte também receberam hambúrgueres bovinos que continham carne de cavalo, informou o diretor da Organização de Serviços Comerciais (BSO, na sigla em inglês) do país, David Bingham. Os produtos teriam sido fornecidos por uma empresa da Irlanda. A Whitbread PLC, uma das maiores empresas de hotelaria e restaurantes do Reino Unido, informou que carne de cavalo foi encontrada em lasanhas e hambúrgueres servidos nos hotéis Premier Inn hotels e na rede de restaurantes Brewers Fayre.

A polícia britânica deteve três pessoas ontem na Inglaterra e no País de Gales por envolvimento com o escândalo da carne de cavalo encontrada em produtos etiquetados como bovinos. Os três homens, com idades entre 42 e 63 anos, foram detidos em duas plantas de processamento industrial de carne nas localidades de Aberystwth, em Gales, e Todmoreden, no condado de West Yorkshire, Norte da Inglaterra.

Na França, a atacadista Spanghero negou ter cometido qualquer fraude no caso. O executivo-chefe da Spanghero, Barthelemy Aguerre, afirmou ter provas de que a empresa é inocente de qualquer delito. O executivo disse à rádio RTL que a unidade da Spanhero no Sul da França recebeu de fato um lote de carne de cavalo junto com carne bovina e que "não tocamos nele". Ele não deu detalhes nem revelou se denunciou a entrega de carne de cavalo, dizendo apenas: "Vou provar minha inocência".

O ministro francês de Direitos do Consumidor, Benoit Hamon, informou que aparentemente as vendas fraudulentas de carne ocorreram durante vários meses, alcançando 13 países e 28 empresas. Hamon apontou a Spanghero como um dos culpados, mas afirmou que havia outros responsáveis. A agência policial da União Europeia, Europol, está coordenando uma investigação de fraude em todo o continente, em meio à suspeita de uma conspiração criminosa internacional para substituir a carne bovina, mais cara, por carne de cavalo.


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