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Estado de Minas COVID-19

Pfizer prepara 'versão verão' da vacina, que poderá ficar na geladeira

Presidente a Pfizer diz que a empresa trabalha em outra fórmula da vacina que já estará diluída e poderá ser mantida por dois ou três meses na geladeira


23/04/2021 20:23 - atualizado 23/04/2021 20:53

A Pfizer tem três centros de produção de vacina contra a COVID-19 no mundo: um nos Estados Unidos e dois na Europa(foto: Tiziana Fabi/AFP)
A Pfizer tem três centros de produção de vacina contra a COVID-19 no mundo: um nos Estados Unidos e dois na Europa (foto: Tiziana Fabi/AFP)

A Pfizer está preparando "para o verão" uma nova versão de sua vacina contra a COVID-19 que pode ser mantida por vários meses na temperatura de uma geladeira normal, ao invés dos atuais -70º C, o que facilitará seu uso, explicou Albert Bourla, presidente da empresa farmacêutica.

Entrevistado pela AFP em Puurs (Bélgica), plataforma crucial na produção global da vacina BioNTech-Pfizer, o presidente e gerente geral do laboratório americano mostrou-se "otimista" quanto à eficácia de sua vacina contra a variante indiana e defendeu a política de preços de seu laboratório.

A vacina Pfizer-BioNTech é eficaz contra as variantes brasileira e indiana?

Já temos dados sobre a variante britânica, que é majoritária em Israel, e a eficácia da vacina é de 97%. Na África do Sul, em comparação com a variante daquele país, a eficácia é de 100%. E os dados do Brasil mostram que permite controlar muito bem (a variante brasileira).

Em relação à nova variante da Índia, não temos dados, mas estou otimista sobre nossa capacidade de controlá-la. Desenvolvemos um processo que nos permite criar uma vacina eficaz em 100 dias. E me sinto confortável com essa meta exigente, devido à eficiência da tecnologia de RNA mensageiro.

É possível produzir na Europa para o resto do mundo, apesar da limitação de conservação a -70º C?

Em breve chegaremos a um acordo, esperamos que nos próximos dias, para um novo contrato com a União Europeia (por 1,8 bilhão de doses). Depois, poderemos produzir todas as doses aqui na Europa, inclusive os componentes. E nós também poderemos produzir muito mais do que os valores deste contrato.

No momento, temos três centros de produção no mundo: um nos Estados Unidos e dois na Europa com capacidade muito maior (Puurs e Marburg, na Alemanha). No total, devemos conseguir produzir 2,5 bilhões de doses neste ano e até ultrapassar as 3 bilhões no próximo ano. A Europa, com suas capacidades e talentos no que diz respeito às novas tecnologias, é o lugar ideal!.

Em relação à fórmula atual da vacina, estamos tentando ver se podemos estender sua conservação na geladeira durante aquele período em que a vacina pode ser retirada de um supercongelador, a -70º C, e armazenada em um freezer clássico, a -20º C. Atualmente, esse prazo é de duas semanas, mas estamos examinando os dados para ver se podemos estendê-lo até um mês. Mas, para isso, precisamos de uma aprovação regulatória.

Por outro lado, estamos trabalhando em outra fórmula, bem aprimorada, em que a vacina que iremos fornecer já estará diluída e pronta para ser usada. Pode ser mantida por dois ou três meses na geladeira, à temperatura entre 2ºC e 8ºC, e mais dois a três meses em freezer clássico. Esperamos que esteja disponível neste verão.

Sua vacina é uma das mais caras e o preço ainda pode aumentar na Europa. Como você justifica isso?

A nossa estratégia é propor um preço que permita o acesso equitativo para todos. Mas equitativo não significa o mesmo preço para todos, mas significa dar mais a quem mais precisa. Por isso, temos uma gama de preços 'premium' para países de maior renda como os da União Europeia, Estados Unidos, Japão ou Canadá. Mas o preço mais alto (da vacina) corresponde ao que custa uma refeição em um restaurante, o que me parece muito, muito razoável.

Para os países de renda média, segundo o Banco Mundial, vamos cortar os preços pela metade. E para os países de baixa renda, vamos fornecer também o preço de fabricação e, assim, garantir que a vacinação chegue a todos os cantos do planeta.

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


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