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Estado de Minas FEMINICÍDIO

Suspeito de matar mulher asfixiada e a facadas na Grande BH confessa crime

Homem teria ido até a casa da vítima e discutido com ela por ciúmes. Aos policiais, ele confessou o crime e a motivação, alegando que estava bêbado


03/02/2023 16:56 - atualizado 03/02/2023 16:56

Rua Januária no bairro Fonte Grande, em Contagem
Corpo da mulher foi encontrado seminu ao lado da cama. Faca usada no crime estava limpa (foto: Google Street View/Reprodução)
Um homem suspeito de matar uma mulher de 43 anos asfixiada e a facadas, na tarde dessa quinta-feira (2/2), no Bairro Fonte Grande, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi preso após confessar o crime e alegar que sentia “ciúmes” da vítima. Ela foi encontrada em casa, na Rua Januária, ao lado da cama de casal e nua da cintura para baixo.

De acordo com a Polícia Militar (PMMG), foi constatado que a mulher tinha um fio de cor preta enrolado em seu pescoço. Além disso, na altura do seio esquerdo havia uma perfuração. Sobre a cama da mulher foi encontrada uma faca que, aparentemente, estava limpa.

Um morador da região, que não quis se identificar, relatou que viu um homem conhecido no bairro entrar na residência da vítima e escutou os dois discutindo. Ele ainda afirmou que ouviu a mulher dizer que chamaria a polícia, mas rapidamente a discussão parou.

O morador ainda afirmou que o homem estava envolvido com tráfico de drogas na região e sempre era visto na casa. Uma outra vizinha também informou que a vítima era dependente de cocaína, maconha e remédios, tendo sido internada em uma clínica de recuperação no final de 2022.
Segundo a PMMG, a perícia da Polícia Civil (PCMG) esteve no local e confirmou as facadas e o enforcamento, além de constatar uma secreção saindo das partes íntimas da mulher. O corpo foi removido para o IML.

“Fiz besteira, estava bêbado"

Ainda na tarde de quinta-feira (2/2), a PMMG seguiu as diligências à procura do suspeito, quando o encontrou a quase um quilômetro da cena do crime, no Bairro Bernardo Monteiro. No local, o homem teria dito aos militares: “Fiz besteira, senhor. Estava bêbado e estou aqui sozinho”.

O homem, de 21 anos, confessou o crime e afirmou ter matado a mulher asfixiada e com golpes de faca. A motivação seria ciúmes, uma vez que a vítima estaria se relacionando com outros homens. 
O suspeito também disse ter levado o celular da mulher, ido até a casa de sua mãe e informado o caso ao irmão, pedindo para que ele sumisse com o aparelho da vítima. 

Uma outra guarnição foi até o imóvel e encontrou esse irmão, que levou os militares ao matagal em que teria jogado o celular. O homem também recebeu voz de prisão. Os dois suspeitos foram levados presos, juntamente com o material apreendido, e entregues à delegacia da Polícia Civil (PCMG).

O Estado de Minas entrou em contato com a PCMG para obter detalhes da investigação e aguarda retorno.

*Estagiário sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira
 

O que é relacionamento abusivo?

Os relacionamentos abusivos contra as mulheres ocorrem quando há discrepância no poder de um em relação ao outro. Eles não surgem do nada e, mesmo que as violências não se apresentem de forma clara, os abusos estão ali, presentes desde o início. É preciso esclarecer que a relação abusiva não começa com violências explícitas, como ameaças e agressões físicas.

A violência doméstica é um problema social e de saúde pública e, que quando se fala de comportamento, a raiz do problema está na socialização. Entenda o que é relacionamento abusivo e como sair dele.

Leia também:
 Cidade feminista: mulheres relatam violência imposta pelos espaços urbanos

Como denunciar violência contra mulheres?

  • Ligue 180 para ajudar vítimas de abusos.
  • Em casos de emergência, ligue 190.

Onde procurar ajuda

A mulher em situação de violência de qualquer cidade de Minas Gerais pode procurar uma delegacia da Polícia Civil para fazer a denúncia. É possível fazer o registro da ocorrência on-line, por meio da delegacia virtual. Use o aplicativo 'MG Mulher'.

Locais de atendimento e acolhimento às mulheres

  • Centros de Referência da Mulher
    Espaços de acolhimento/atendimento psicológico e social, orientação e encaminhamento jurídico à mulher em situação de violência. Devem proporcionar o atendimento e o acolhimento necessários à superação da situação de violência, contribuindo para o fortalecimento da mulher e o resgate de sua cidadania.

  • Casas-Abrigo
    Locais seguros que oferecem moradia protegida e atendimento integral a mulheres em risco de morte iminente em razão da violência doméstica. É um serviço de caráter sigiloso e temporário, no qual as usuárias permanecem por um período determinado, durante o qual deverão reunir condições necessárias para retomar o curso de suas vidas.

  • Companhia de Prevenção à Violência
    Dar acolhimento e segurança à mulher vítima de violência doméstica. Trata-se do corpo militar que atuava na Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica (PPVD), criada em 2010, treinada para dar a resposta adequada à vítima de violência doméstica e atua em conjunto com outros órgãos do Governo de Minas Gerais.

  • Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs)
    Unidades especializadas da Polícia Civil para atendimento às mulheres em situação de violência. As atividades das DEAMs têm caráter preventivo e repressivo, devendo realizar ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal, as quais devem ser pautadas no respeito pelos direitos humanos e pelos princípios do Estado Democrático de Direito. Com a promulgação da Lei Maria da Penha, as DEAMs passam a desempenhar novas funções que incluem, por exemplo, a expedição de medidas protetivas de urgência ao juiz no prazo máximo de 48 horas.

  • Núcleos de Atendimento à Mulher
    Espaços de atendimento à mulher em situação de violência (que em geral, contam com equipe própria) nas delegacias comuns.

  • Defensorias da Mulher
    Têm a finalidade de dar assistência jurídica, orientar e encaminhar as mulheres em situação de violência. É um órgão do Estado responsável pela defesa das cidadãs que não possuem condições econômicas de ter advogado contratado por seus próprios meios. Possibilitam a ampliação do acesso à Justiça, bem como, a garantia às mulheres de orientação jurídica adequada e de acompanhamento de seus processos.

  • Promotorias de Justiça Especializada na Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
    A Promotoria Especializada do Ministério Público promove a ação penal nos crimes de violência contra as mulheres. Atua também na fiscalização dos serviços da rede de atendimento.

  • Serviços de Saúde Especializados no Atendimento dos Casos de Violência Doméstica
    A área da saúde, por meio da Norma Técnica de Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes, tem prestado assistência médica, de enfermagem, psicológica e social às mulheres vítimas de violência sexual, inclusive quanto à interrupção da gravidez prevista em lei nos casos de estupro. A saúde também oferece serviços e programas especializados no atendimento dos casos de violência doméstica.

O que é violência física?

  • Espancar
  • Atirar objetos, sacudir e apertar os braços
  • Estrangular ou sufocar
  • Provocar lesões

O que é violência psicológica?

  • Ameaçar
  • Constranger
  • Humilhar
  • Manipular
  • Proibir de estudar, viajar ou falar com amigos e parentes
  • Vigilância constante
  • Chantagear
  • Ridicularizar
  • Distorcer e omitir fatos para deixar a mulher em dúvida sobre sanidade (Gaslighting)

O que é violência sexual?

  • Estupro
  • Obrigar a mulher a fazer atos sexuais que causam desconforto 
  • Impedir o uso de métodos contraceptivos ou forçar a mulher a abortar
  • Limitar ou anular o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos da mulher

O que é violência patrimonial?

  • Controlar o dinheiro
  • Deixar de pagar pensão
  • Destruir documentos pessoais
  • Privar de bens, valores ou recursos econômicos
  • Causar danos propositais a objetos da mulher

O que é violência moral?

  • Acusar de traição
  • Emitir juízos morais sobre conduta
  • Fazer críticas mentirosas
  • Expor a vida íntima
  • Rebaixar por meio de xingamentos que incidem sobre a sua índole

Leia mais:

 


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