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Estado de Minas NOVA ETAPA

Tortura e morte em Araxá: reconstituição de crime será nesta quarta

Em 27 de junho, dois homens, apontados como suspeitos de furtar um carregador de bateria de uma empresa, foram torturados com choques elétricos


11/07/2022 19:19 - atualizado 11/07/2022 19:46

O empresário, apontado como o principal suspeito dos crimes, foi preso no início desse mês em Rifaina (SP)
O empresário, apontado como o principal suspeito dos crimes, foi preso no início desse mês em Rifaina (SP) (foto: Reprodução/Portal Imbiara)
Com exclusividade à reportagem do Estado de Minas, o delegado Vinicius Ramalho, responsável pelas investigações de crimes de tortura seguido de morte de um homem e também tortura seguida de lesão corporal grave de outro, em Araxá, no final do mês passado, informou na manhã de hoje (11/7) que a etapa de reconstituição dos crimes vai acontecer na próxima quarta-feira (13/7).
 
“A gente ainda vai fazer algumas outras diligências como a reconstituição do crime e também estamos aguardando dois laudos periciais ficarem prontos. Terminando isso, vamos definitivamente relatar o inquérito à Justiça e acredito que seja no final dessa semana”, adiantou.
 
 
No dia 1º de julho em Rifaina (SP), a PC de Araxá prendeu o empresário, de 50 anos, apontado como o principal suspeito de ter praticado os crimes e que era considerado foragido.
 
“Ele confessou o crime, mas não quis entrar em detalhes sobre os atos de violência que foram praticados. Ele disse que não imaginava que os fatos que ele praticou poderiam resultar em morte e lesão grave. Se mostrou muito arrependido”, contou o delegado.
 
Além dele, outros dois homens (funcionários do empresário) continuam presos em Araxá, sob suspeita de envolvimento nos crimes.
 
Ainda de acordo com o delegado Vinicius Ramalho, os dois suspeitos que foram presos no dia do crime disseram, em depoimento, que quem praticou os choques elétricos foi o empresário.
 
Ainda conforme os depoimentos, eles foram chamados pelo patrão para dar um susto nas vítimas.
 
Isto porque, o empresário desconfiava que a dupla torturada teria furtado um carregador de bateria dele, sendo que esse fato não foi confirmado pela PC de Araxá.
 
“Os três envolvidos estão respondendo pelo mesmo crime, que é tortura seguida de homicídio e tortura seguida de lesão corporal grave”, contou o delegado.

Relembre o caso

 
Na noite do dia 27 de junho (segunda-feira), dois homens, apontados como suspeitos de furtar um carregador de bateria de uma empresa, foram torturados com choques elétricos, supostamente pelo proprietário e dois de seus funcionários.
 
Uma das vítimas não resistiu aos ferimentos e morreu.
 
Os dois funcionários da empresa foram presos em flagrante pela PM. Já o proprietário da empresa, no dia do crime, conseguiu fugir.
 
Segundo a Polícia Militar (PM), uma viatura foi solicitada a comparecer na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Araxá, onde deram entrada dois homens com lesões e queimaduras.
 
Os próprios funcionários que teriam participado da tortura socorreram as vítimas.
 
O mais novo, de 31 anos, chegou à UPA sem sinais vitais. O mais velho, de 37, estava consciente e deu sua versão à PM.
 
Conforme o registro policial, ele e o rapaz que morreu foram abordados por três indivíduos em um veículo e levados para um galpão, onde teriam sido torturados com choque da rede elétrica.


 


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