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Estado de Minas AJUDA ESSENCIAL

PBH vai custear vacina da UFMG em 6 parcelas; em maio, serão R$ 6 milhões

Cronograma obtido pelo Estado de Minas prevê repasses a partir de maio para despesas que vão da preparação de documentos à compra de insumos


29/04/2021 04:00 - atualizado 29/04/2021 09:44

Avanço de vacina da UFMG para fase de testes em humanos depende de recursos: primeira remessa da prefeitura será de R$ 6 milhões(foto: Marcílio Lana/UFMG/Divulgação)
Avanço de vacina da UFMG para fase de testes em humanos depende de recursos: primeira remessa da prefeitura será de R$ 6 milhões (foto: Marcílio Lana/UFMG/Divulgação)

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) pretende destinar R$ 30 milhões para bancar os estudos da segunda fase de testes da vacina anti-COVID-19, desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os repasses do Executivo municipal, previstos para começar no próximo mês, devem se estender até dezembro, conforme cronograma a que o Estado de Minas teve acesso por meio de fontes da PBH.

Em maio, o governo de Alexandre Kalil (PSD) deve enviar R$ 6 milhões à UFMG. Em cada um dos meses de julho, agosto e setembro, o mesmo valor será transferido. Dois meses depois, em novembro, é prevista mais uma injeção de R$ 4 milhões. O repasse final, no último mês de 2021, será de R$ 2 milhões.

Os R$ 6 milhões que devem ser enviados no próximo mês vão bancar a contratação da empresa responsável por registrar os ensaios e a aquisição de insumos — como os reagentes — e materiais necessários ao fortalecimento da infraestrutura da universidade. A preparação do lote-piloto de doses e a confecção dos documentos que devem ser enviados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também estão nos planos.

Os testes das formulações começam em julho, quando também vai acontecer a “produção e análise de parâmetros de qualidade do lote piloto”. Assim, como no mês anterior, o dinheiro também será usado para compra de consumíveis e preparo da documentação enviada à Anvisa. Essas duas atividades se repetem em todos os períodos do cronograma.

Em agosto, o avanço do cronograma é representado pelos “testes de formulação final” e “contratação de testagens de toxigenicidade e segurança e aquisição”. No mês seguinte, a ideia é investir na “produção de adicional de proteína para os testes clínicos”.

No 11º mês do ano, a prefeitura e a UFMG pretendem preparar os testes clínicos para “compra de insumos e reagentes”. A última etapa prevê a execução das testagens, pagamento das despesas com contratações de equipe especializada, inclusão de voluntários e realização de exames laboratoriais diversos. Também vão começar os testes clínicos para a terceira fase da vacina.

“Isso é investimento em ciência. A UFMG foi escolhida como a universidade federal número 1 do Brasil. É um motivo de orgulho de BH e Minas Gerais. Então, a prefeitura vai garantir, sim, a continuidade dos estudos da fase 2 da vacina da UFMG. Nós conveniamos com a UFMG, isso está sendo feito ainda, tudo documentado”, afirmou o prefeito em entrevista ontem à TV Globo Minas.

De acordo com Kalil, a falta de vacina está impedindo o avanço da imunização em BH. “Não há vacina para os municípios, não há vacinas para estados. Nós procuramos todos os laboratórios, inclusive a da vacina russa que foi proibida pela Anvisa”. Na segunda-feira, a agência rejeitou pedido de consórcio de governadores do Nordeste para importar o imunizante russo Sputnik V, sob o argumento de que faltam dados pedidos ao fornecedor para atestar a segurança do produto.

“O problema de não comprar a vacina é um só, eu cheguei a dizer isso. Claro que assinei o protocolo, não sei o que vai acontecer. A conclusão que eu chego, pessoalmente, e o secretário de Saúde, de Planejamento e da Fazenda, é que não há vacinas para vendas para municípios e para estados. Essa foi a resposta da Janssen, AstraZeneca, do Butantan, com o qual tínhamos inclusive contrato assinado”, completou o prefeito.

BALANÇO DA IMUNIZAÇÃO 

 A prefeitura vacinou, até ontem, 527.010 pessoas contra a COVID-19. Dessas, 201.292 receberam a dose complementar. O Executivo municipal já aplicou injeções em 6.867 moradores e profissionais de asilos e residências terapêuticas públicas; 107.510 trabalhadores da saúde; 3.046 agentes das forças de segurança pública; e 409.587 idosos acima dos 63.

Até o momento, BH recebeu 952.163 vacinas, sendo 904.111 distribuídas. São 701.767 da CoronaVac (Butantan/Sinovac) e 250.396 da AstraZeneca (Oxford/Fiocruz). Conforme números da prefeitura, 25,5% do público-alvo de aproximadamente 2 milhões de habitantes foi imunizado ao menos com a primeira dose. Com a segunda, apenas 9,9% das pessoas.

Nesta semana, o Executivo municipal se dedica a aplicar o imunizante nos idosos de 68, 69, 70 e acima dos 89 pela segunda vez. A partir de hoje, quem completa o esquema vacinal são aqueles de 69. Amanhã, os de 68 anos recebem a segunda injeção. Já no sábado, a prefeitura vai vacinar todos os idosos acima dos 89 que não tenham mobilidade reduzida.

Pessoas com comorbidades e de outras faixas etárias ainda não contempladas na campanha de vacinação contra a COVID-19 de Belo Horizonte precisarão continuar aguardando sua vez na fila para receber a imunidade. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a ampliação das vacinas para os grupos prioritários depende do recebimento de uma nova remessa de doses.

De acordo com o Executivo municipal, a capital mineira abriga cerca de 290 mil pessoas com comorbidades, entre 18 e 59 anos, definidas pelo Ministério da Saúde como prioritárias para a imunização. São 22 doenças listadas, dentre elas, diabetes mellitus, pneumopatias crônicas graves, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca (IC).


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas


 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


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*Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie


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