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Estado de Minas PANDEMIA

COVID-19: pacientes reclamam de atendimento precário em UPA de BH

Segundo Michelle Pires da Rocha, a mãe, de 63 anos, está com COVID-19 e ficou três dias na UPA do Barreiro até conseguir vaga em UTI


08/04/2021 14:06 - atualizado 08/04/2021 15:21

Vânia Lúcia Rocha, 63 anos, internada no Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, no Barreiro(foto: Arquivo pessoal)
Vânia Lúcia Rocha, 63 anos, internada no Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, no Barreiro (foto: Arquivo pessoal)
“Minha mãe ficou três dias esperando vaga no CTI enquanto estava sendo maltratada na UPA”, conta Michelle Pires da Rocha, de 32 anos. A mãe, Vânia Lúcia Rocha, de 63, está internada com COVID-19 no Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, Bairro Milionários na Região do Barreiro. Antes de ser transferida, a família relata  momentos de desespero.

Vânia foi para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na quarta-feira (31/3) com nível baixo de oxigênio. Ela precisou aguardar três dias até conseguir vaga no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Nesse período, Michelle conta que a mãe sofreu com o atendimento precário

'Os funcionários não quiseram levar minha mãe no banheiro, ficou todos esses dias sem nem ao menos tomar banho'

Michelle Pires da Rocha, 32 anos



Quando finalmente saiu a vaga no hospital, outro desafio. “Depois dessa demora, conseguiram a vaga, mas ainda ela teve que esperar o dia inteiro pela ambulância para fazer a transferência”, relatou Michelle. Vânia foi para o CTI do Hospital Metropolitano, no Barreiro, e ficou internada por mais três dias.
 
Vânia Lúcia recebendo atendimento na UPA Barreiro(foto: Arquivo pessoal)
Vânia Lúcia recebendo atendimento na UPA Barreiro (foto: Arquivo pessoal)
 

Agora, apesar de ainda não ter se recuperado, segundo a filha, ela voltou para a enfermaria. “Não sei se tiraram do CTI para liberar vaga porque minha mãe ainda está com muita dificuldade de respirar e não consegue ao menos andar sozinha para chegar até o banheiro”, disse. Vânia, segundo relatos da família, já pode ter acompanhante para auxiliar e também receber visitas.
 
Para Michelle e toda a família de Vânia, a esperança de um alívio vai ser quando a mãe for vacinada. “Coração a mil, pois ainda será a primeira dose dela e vamos poder ficar mais despreocupados”, afirmou. Apesar disso, até chegar a vez dela, eles temem o que ainda pode acontecer. “Estamos preocupados e com medo de uma nova contaminação nesse intervalo”, conta.
 
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte defende que todos os pacientes são bem assistidos pelos profissionais de saúde. Confira na íntegra: 
 
"A Prefeitura de Belo Horizonte informa que todos os pacientes que estão nas UPAs são assistidos e recebem todo o atendimento necessário da equipe assistencial da unidade.

A Secretaria Municipal de Saúde tem trabalhado, de forma incansável, para abrir novos leitos no município e manter a assistência médica à população. É importante ressaltar que houve um aumento significativo da gravidade no quadro clínico dos pacientes, que agora são mais jovens, e procuram as unidades demandando atendimento em leitos de urgência, com ventilação mecânica, e atendimento em leitos semi-intensivos. Todos os pacientes que estão nas UPAs são assistidos conforme necessidade do momento.

Atualmente, as UPAs contam com equipe assistencial e 84 leitos de urgência (equipados com respiradores) e 320 de observação. No início de março, eram 42 leitos de urgência e 207 de observação. Os estoques de insumos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são monitorados diariamente. No que se refere a leitos hospitalares, somente em março foram abertos 265 leitos de UTI Covid na rede pública. Atualmente, são 569 unidades de terapia intensiva, totalizando o maior número de leitos de UTI desde o início da pandemia. Também em março foram abertos 408 leitos de enfermaria Covid na rede pública.

A Prefeitura reitera que não foram registrados óbitos por falta de assistência."

COVID-19 em BH

Mais 48 mortes entraram para a lista de Belo Horizonte nessa quarta-feira (7/4), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura. Com mais essas, a cidade soma 3.448 vidas perdidas para a COVID-19. Além disso, mais 2.409 casos foram computados. São 151.885 no total agora.

De acordo com o documento, a prefeitura abriu mais 20 vagas de terapia intensiva na cidade. Agora, a capital soma 1.147 leitos do tipo: 69 livres e 1.078 em uso.

Após colapsar nessa segunda (5/4), a ocupação na rede SUS caiu de 96,2% para 92,3% nesta quarta. São 525 camas ocupadas e 44 sem pacientes nas UTIs públicas da capital mineira.
 
Já na rede suplementar o percentual se manteve na mesma faixa dessa terça (6/4): 95,7%. Portanto, restam apenas 25 dos 578 leitos do tipo nos hospitais particulares da cidade.

O quadro das enfermarias também foi de queda nesta quarta. A taxa geral desceu de 79,1% para 77%. Com isso, há 508 leitos do tipo livres e 1.699 em uso na cidade.

Nesse quesito, a situação se inverte em relação às UTIs: o percentual de uso dos hospitais públicos está acima da estatística da rede suplementar – 79,5% contra 74,2%.

Nesta quarta, a prefeitura incluiu mais 30 leitos no balanço: 20 de UTI e 10 de enfermaria. Todos foram abertos no Sistema Único de Saúde. Portanto, a queda nos indicadores está mais ligada à ampliação da oferta, não à redução de pessoas doentes.
 

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

 


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