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Estado de Minas COVID-19

Carga de coronavírus em esgotos de BH é a maior desde início da pandemia

Medição feita por projeto-piloto conseguiu identificar 37 trilhões de cópias do vírus nas cargas de esgotos da capital mineira. No Natal, eram 36 trilhões


02/04/2021 13:07 - atualizado 02/04/2021 14:21

Esgoto lançado no Ribeirão do Onça é um dos monitorados para carga de coronavírus(foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
Esgoto lançado no Ribeirão do Onça é um dos monitorados para carga de coronavírus (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
Análises dos esgotos lançados em Belo Horizonte mostram a maior concentração do novo coronavírus (Sars-CoV-2) desde o início da pandemia. As amostras encontraram até 37 trilhões de cópias do vírus, o maior já registrado pelo projeto-piloto Monitoramento COVID Esgotos.

A marca anterior era referente à semana do Natal de 2020, quando foram identificadas 36 trilhões de cópias. Além disso, a carga da última semana de monitoramento é 105% superior à observada em julho de 2020, um dos meses mais críticos da pandemia na capital mineira, em termos de demanda no sistema local de saúde, quando foram registradas 18 trilhões de cópias.

Nas semanas epidemiológicas 11 (de 15 a 19 de março) e 12 (de 22 a 26 de março) deste ano, o projeto-piloto Monitoramento COVID Esgotos detectou uma carga viral máxima de 22 e 37 trilhões de cópias, respectivamente.

Segundo o Boletim de Acompanhamento nº 34, a carga viral identificada em Belo Horizonte na semana epidemiológica 12/2021 segue com tendência de aumento desde a semana 7/2021, em meados de fevereiro deste ano.

“Diante do agravamento da pandemia em Belo Horizonte e Minas Gerais, os governos estadual e municipal intensificaram as medidas de prevenção e controle, tal como o distanciamento social e restrição mais acentuada para atividades não essenciais, visando à redução da disseminação do vírus no município.”, avaliam os pesquisadores do projeto.

Últimas amostras de esgoto são as que mais encontraram cópias do novo coronavírus em BH (foto: Reuters)
Últimas amostras de esgoto são as que mais encontraram cópias do novo coronavírus em BH (foto: Reuters)
O boletim nº 34 estima que a população total infectada em Belo Horizonte seja respectivamente de 230, 300 e 420 mil pessoas com base nas faixas. Como comparação, o boletim nº 33, referente à quinzena anterior, estimou a população infectada mínima, média e máxima nos patamares de 160, 215 e 290 mil pessoas.

O boletim nº 34 é o último do projeto-piloto Monitoramento COVID Esgotos, já que a partir do próximo boletim a iniciativa englobará cinco capitais além de Belo Horizonte: Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro. Com isso, a ação passará a ser nacional e mudará de nome para Rede Monitoramento COVID Esgotos.

Maior abrangência

 

O projeto-piloto Monitoramento COVID Esgotos tem o objetivo de monitorar a presença do novo coronavírus nas amostras de esgoto coletadas em diferentes pontos do sistema de esgotamento sanitário das cidades de Belo Horizonte e Contagem, inseridos nas bacias hidrográficas dos ribeirões Arrudas e do Onça.

Assim, é possível gerar dados para a sociedade e ajudar gestores na tomada de decisão. O trabalho é fruto de Termo de Execução Descentralizada (TED), firmado entre a ANA e o INCT ETE Sustentáveis/ UFMG.

Com os estudos, o grupo pretende identificar tendências e alterações na ocorrência do vírus nas diferentes regiões analisadas para entender a prevalência e a dinâmica de circulação do vírus.

Os pesquisadores participantes no estudo reforçam que não há evidências da transmissão do vírus por meio das fezes (transmissão feco-oral) e que o objetivo da pesquisa é mapear os esgotos para indicar áreas com maior incidência da doença e usar os dados obtidos a partir do esgoto como uma ferramenta de aviso precoce para novos surtos, por exemplo.

Com os dados obtidos, é possível saber como está a ocorrência do novo coronavírus por região, o que pode direcionar a adoção ou não de medidas de relaxamento consciente do distanciamento social. Também pode possibilitar avisos precoces dos riscos de aumento de incidência da COVID-19 de forma regionalizada, embasando a tomada de decisão pelos gestores públicos.

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