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Estado de Minas AGLOMERAÇÃO

Secretário de Pedro Leopoldo culpa estado por fila da vacina contra COVID

Dirigente avalia que governo de MG deveria destinar mais vacinas a estados com mais idosos; estado diz que problema é da execução da campanha pelo município


05/03/2021 15:54 - atualizado 05/03/2021 17:14

O aposentado José Antunes, de 81 anos, diz que gastou R$ 30 no deslocamento até o Centro Municipal de Imunização de Pedro Leopoldo, mas voltou para casa sem a proteção. Doses já haviam se esgotado(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)
O aposentado José Antunes, de 81 anos, diz que gastou R$ 30 no deslocamento até o Centro Municipal de Imunização de Pedro Leopoldo, mas voltou para casa sem a proteção. Doses já haviam se esgotado (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)
O critério de distribuição de vacinas contra a COVID-19 adotado pelo governo de Minas seria o principal fator responsável pela fila de idosos formada em Pedro Leopoldo na madrugada desta sexta-feira (5/3). A avaliação é de Hélio Renato Néri, chefe da pasta da Saúde na cidade da Grande BH.

Centenas de pessoas se aglomeraram por mais de 16 horas na porta do centro de imunização do município na tentativa de receber a primeira dose do imunizante após convocação feita pela prefeitura pelas redes sociais. O estoque disponível era de 150 doses para atender a população de pouco mais de 600 pedroleopoldenses entre 80 e 84 anos.

Néri critica a divisão proporcional de unidades feita pelo estado, baseada no contingente populacional dos municípios mineiros. Para o dirigente, localidades com mais idosos deveriam receber mais vacinas. 

“A quantidade de doses para a nossa população foi pouca. Recebemos apenas 150 doses, suficientes para 24% do grupo entre 80 e 84 anos. Pedro Leopoldo é uma das cidades com maior população da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A nossa pirâmide de população está invertida, a maioria absoluta dos habitantes está na terceira idade. Eu acredito que o mesmo problema que tivemos aqui é o mesmo enfrentado em outros locais. Não temos governabilidade sobre o número de doses recebidas. A responsabilidade pelo envio é de outras esferas”, disse o gestor.  

'Municípios têm autonomia'

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), por sua vez, aponta a prefeitura de Pedro Leopoldo como responsável pelo episódio. Nesta manhã (5/3), o secretário-adjunto de Estado de Saúde, Marcelo Cabral, afirmou que os municípios têm total autonomia para executar a campanha de imunização. 

“Se o município chamou todo mundo e colocou na fila, é o município quem deve responder. A gente faz a logística, entrega, orienta, diz que tomem cuidado, (que observem) o isolamento. Temos feito isso o tempo todo. A autonomia é do município. O que a gente faz, como fizemos esta semana, é orientar”, alegou o secretário, em entrevista coletiva concedida no Aeroporto Santos Dumont, na Pampulha. 

Ansiedade e indignação

Enquanto as duas esferas de poder trocam acusações, os idosos de Pedro Leopoldo aguardam ansiosos pela proteção contra o novo coronavírus e reagem com indignação à escassez de doses. 

A professora Conceição Lopes chegou às 6h30 ao Centro Municipal de Imunização da cidade para levar a mãe, Margarida Branca de Neve, de 80,  para se vacinar. As duas, no entanto, voltaram para casa frustradas uma vez que, naquele horário, a fila já dobrava o quarteirão. 

“Vi, em média, uns 500 carros, cada um tinha cerca de três idosos. Saí do carro a pé pra ter uma noção de como seria. Ao me aproximar, fiquei horrorizada com a aglomeração, o tanto de idosos e acompanhantes, e me desanimei. O despreparo do governo está em todos os níveis - federal, estadual e municipal. O Brasil é um grande barco à deriva num oceano de problemas”, criticou. 

José Arnaldo Gonçalves, de 81 anos, chegou ao centro de saúde às 10h10 e também ficou sem a injeção. “É uma palhaçada isso. Muito desorganizado. Vim de longe, do Bairro Lagoa de Santo Antônio. Paguei mais de R$ 30 de Uber só pra vir aqui e fiquei na mão. Está muito desorganizada essa vacinação”, queixou-se o aposentado.  

***

 

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?


Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

 

 



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