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Estado de Minas RELAXAMENTO

Saúde alerta sobre risco de Divinópolis migrar para a onda vermelha

Avanço do coronavírus é atribuído ao relaxamento e descumprimento das medidas de prevenção


09/12/2020 19:10 - atualizado 09/12/2020 19:59

Janice alertou a população para medidas nas festas de final de ano(foto: Reprodução / Prefeitura de Divinópolis)
Janice alertou a população para medidas nas festas de final de ano (foto: Reprodução / Prefeitura de Divinópolis)
Com o ritmo de contágio em 1,14, a Secretaria Municipal de Saúde de Divinópolis, Região Centro-Oeste de Minas Gerais, sinalizou, nesta quarta-feira (09/12) risco de a cidade migrar para a “onda vermelha” do programa Minas Consciente. Na fase mais restritiva, apenas os serviços essenciais poderão funcionar.

 

O tom de alerta engrossou desde o último final de semana. Após bater recorde de notificações e confirmações da COVID-19 em novembro, nos primeiros dias de dezembro os números dispararam.

 

“Desde que a pandemia começou, nós nunca tivemos uma incidência tão alta. Semana passada tivemos 288 novos casos”, afirmou a coordenadora de Vigilância em Saúde, Janice Soares. A média de casos confirmados está em 35, 78,2% a mais do que o mês anterior. Além disso, o que também preocupa é o avanço das internações.

 

Dois hospitais particulares atingiram 100% de ocupação dos leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no final de semana. “Se esses indicadores continuarem do jeito que estão, da semana passada até esse final de semana, em que a ocupação dos hospitais estava alta, há a possibilidade de ir para a onda vermelha e não é isso que nós queremos. Precisamos trabalhar agora para permanecer na amarela e depois a gente ir para a verde”, destacou Janice. 

 

Nesta quarta, a taxa de ocupação na saúde suplementar está em 61,1%, ou seja, considerando as quatro unidades da cidade. Já no Sistema Único de Saúde (SUS) este índice é menor, 36,7%. Ao todo, somando saúde pública e suplementar, 33 pessoas estão internadas em UTI’s.

 

Já na “onda amarela” desde a semana passada, o município recuou em algumas flexibilizações. Eventos e cultos só podem ser realizados para no máximo 30 pessoas. Músicas ao vivo em bares e restaurantes estão suspensas. Apenas as 22 escolas já autorizadas e em funcionamento podem manter as atividades presenciais, as demais precisam aguardar o retorno para a onda verde.

 

Só essas medidas não são suficientes para conter o avanço do vírus. A Semusa está cobrando conscientização coletiva. “Temos que pisar no freio agora, aumentar o distanciamento, ficar mais alerta, evitar as aglomerações, para controlar e não ir para a onda vermelha”, alertou a coordenadora.

Relaxamento

Sem responsabilizar segmentos, o secretário de saúde Amarildo de Sousa atribui ao relaxamento das medidas de prevenção e aos descumprimento das normas sanitárias o avanço da doença. “Ele não é apontado para um único segmento. Os fatores são apontados para o comportamento da população. Observamos um aumento exponencial de festas clandestinas em sítios, de difícil localização (...) E também a diminuição do uso de máscaras nas vias públicas”, explicou.

 

A preocupação a partir de agora é com as festas de final de ano. No sábado a Vigilância Sanitária emitiu nota recomendando que as confraternizações sejam virtuais. Hoje, voltou a fazer o apelo, porém para os cuidados caso os encontros ocorram. “Não vamos deixar de usar máscaras, não vamos ficar próximo a menos de 1,5 metro das pessoas”, orientou a coordenadora. Janice voltou a destacar o sinal vermelho. “Está muito preocupante, principalmente na rede privada”, citou.

 

Segundo a coordenadora, as últimas notificações e resultados de exames que têm engrossado os índices são de laboratórios particulares.

 

Vacina

Ainda sem previsão para início, o município está se preparando para a vacinação. O plano deve ser apresentado até janeiro à Secretaria de Estado de Saúde (Ses). “O governo estadual fez uma reunião com o município e temos até janeiro para apresentar nosso plano. Ele está sendo construído. O governo estadual deu algumas diretrizes para ele, para organizar a rede de frio, adquirir insumos, freezers, organizar o RH para fazer a aplicação, capacitação com os servidores e isso já estamos trabalhando”, explicou Janice. Seringas e quatro freezers já foram licitados.

 

*Amanda Quintiliano especial para o EM

 

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?


Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

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