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Estado de Minas PRÉDIO AMEAÇADO

Prédio demolido em Betim: vizinhos temem que entulho atraia ladrões

Há também o receio de que o material atraia pragas urbanas; escombros serão preservados para realização de nova perícia, ainda sem data marcada


30/11/2020 13:45 - atualizado 30/11/2020 17:20

Prédio de seis andares demolido em Betim na última quinta-feira (26/11): moradores da região temem que entulho atraia ladrões e pragas(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)
Prédio de seis andares demolido em Betim na última quinta-feira (26/11): moradores da região temem que entulho atraia ladrões e pragas (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)
Quatro dias após a demolição do In Cairo - edifício que tombou em 17 de novembro, em Betim, na Grande BH -, os moradores do Bairro Ponte Alta, onde o prédio foi erguido, respiram um pouco mais aliviados.

A derrubada afastou o risco de desabamento do imóvel sobre as residências vizinhas. Quinze famílias chegaram a ser removidas da região, mas já foram autorizadas a retornar às suas casas, que não sofreram abalos estruturais. 


"Temos visto por aqui muita gente suspeita, principalmente durante a noite. A bandidagem sabe que, agora, tem um terreno no bairo que está cheio de material de construção e essas coisas são muito visadas. Estamos com medo. Ainda mais depois dos arrombamentos que ocorreram em várias casas do quarteirão, enquanto ainda estavam interditadas", conta a vendedora Joelma Rezende. 

A vendedora Joelma Silva, que teve a casa interditada pela Defesa Civil, diz que tem vistos pessoas suspeitas frequentando o Bairro Ponte Alta, sobretudo a noite(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)
A vendedora Joelma Silva, que teve a casa interditada pela Defesa Civil, diz que tem vistos pessoas suspeitas frequentando o Bairro Ponte Alta, sobretudo a noite (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)
Ela mora na Rua Ronie Peterson, na lateral do Edifício In Cairo e, na ocasião do incidente, foi orientada pela Defesa Civil a se abrigar na casa de parentes e amigos. 

O autônomo Geraldo Nazareno, de 40 anos, mora na mesma rua. Ele diz que, além dos bandidos, também teme que os entulhos gerados pela demolição atraiam pragas urbanas perigosas, como escorpiões. 

"O bairro é cheio de crianças, a gente fica com medo. Esperamos que esse terreno seja limpo logo. Só assim vamos, realmente, descansar", afirma o morador. 

Sem previsão

O autônomo Geraldo Nazarena teme que o entulho gerado pela demolição atraia escorpiões (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)
O autônomo Geraldo Nazarena teme que o entulho gerado pela demolição atraia escorpiões (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)
Procurada pelo Estado de Minas, a Prefeitura de Betim informou que a retirada dos escombros do imóvel é de responsabilidade da construtora Abrahim Hamza, que ergueu o edifício. 

Ainda de acordo com o município, os entulhos precisam permanecer no local até a realização da perícia que investigará as causas do tombamento. Esse procedimento também caberá à construtora, conforme decisão judicial proferida pelo juiz Taunier Cristian Malheiros Lima, da Vara Empresarial, da Fazenda Pública e Autarquias, de Registros Públicos e de Acidentes do Trabalho da Comarca de Betim. 

A reportagem questionou os advogados da Abrahim Hamza quanto à previsão de realização da perícia e posterior limpeza do terreno do prédio demolido, mas não obteve retorno. 

Então situado à Avenida Ayrton Senna, Bairro Ponte Alta, o In Cairo estava fase final de construção, quando cedeu, após um temporal. A estrutura tinha seis andares e 12 apartamentos - dois por andar - vendidos por até R$ 280 mil

Até o momento, a construtora se pronunciou apenas uma vez sobre o incidente. Em nota divulgada em 24 de novembro, a empresa pediu desculpas aos compradores dos apartamentos e aos vizinhos da edificação. 


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