![Apartamento que tombou em Betim tem seis andares e 12 apartamentos, dois por andar. Uma das coberturas foi anunciada por R$ 280 mil Apartamento que tombou em Betim tem seis andares e 12 apartamentos, dois por andar. Uma das coberturas foi anunciada por R$ 280 mil](https://i.em.com.br/roM_mUi2Uuy7x-BXYcouMMWCjnU=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2020/11/20/1208243/20201120164625227118u.png)
A reportagem apurou que 11 imóveis já estavam vendidos. Apenas um deles - uma das coberturas - ainda estava disponível e era anunciado por uma imobiliária de Betim por R$ 280 mil. O anúncio foi retirado pouco depois do desabamento.
![Anúncio foi retirado do ar após a construção tombar Anúncio foi retirado do ar após a construção tombar](https://i.em.com.br/LVApGvlCIdoN5a5CW8nGqLOBOjU=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2020/11/20/1208243/20201120175037932568u.png)
Garantia
A pedido do EM, o diretor da Câmara Imobiliária de Minas Gerais (CMI-MG), Leonardo Mattos, avaliou os registros cartorários do edifício In Cairo. Para o dirigente, a documentação do prédio é robusta e, a princípio, não apresenta irregularidades. A própria existência do registro de incorporação seria um bom sinal, já que vender imóvel na planta sem incorporar é crime previsto na Lei 4.591/64, passível de até 4 anos de reclusão. “Ao menos no que tange aos papéis, o construtor parece ter seguido a lei. Sobre resto, não posso opinar", comentou o Mattos.
![Registro de incorporação faz menção a 'patrimônio de afetação', garantia aos compradores em caso de falência da construtora e incidentes correlatos Registro de incorporação faz menção a 'patrimônio de afetação', garantia aos compradores em caso de falência da construtora e incidentes correlatos](https://i.em.com.br/_l_5DD_-Wn0weACqcRNVUHwA5dE=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2020/11/20/1208243/20201120165500789221o.png)
“Essa medida assegura que o dinheiro investido na obra ou mesmo aquilo que ela tem de valor, como o terreno, permanecerá apartado do patrimônio da empresa. Portanto, ela não poderá usar nada disso para pagar dívidas, por exemplo. Muito menos vender ou empregar os recursos direcionados à construção em qualquer outra coisa. A existência dessa cláusula pode inclusive ajudar a amenizar os prejuízos materiais dos condôminos do prédio de Betim”, ponderou.
Levantamentos iniciais do Conselho de Engenharia e Arquitetura de Minas Gerais (Crea-MG) mostram que a situação da obra, até então, também era regular. Em nota divulgada nessa quinta-feira (19), a entidade afirmou que os trabalhos da construtora foram fiscalizados na quarta(18). Conforme a instituição, o engenheiro técnico responsável está devidamente cadastrado no Conselho, assim como a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). O canteiro já havia sido fiscalizado em fevereiro deste ano.