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Estado de Minas

''Não somos números. Não quero morrer'', desabafa mineira com suspeita de coronavírus na Espanha

A atriz e cantora de Belo Horizonte fez vídeo com desabafo sobre angústia à espera de diagnóstico para COVID-19 em Barcelona


postado em 29/03/2020 19:12 / atualizado em 30/03/2020 10:09

A belo-horizontina Luciene de Lemos Iosebica, de 46 anos, mora há um ano em Barcelona(foto: Reprodução da Internet)
A belo-horizontina Luciene de Lemos Iosebica, de 46 anos, mora há um ano em Barcelona (foto: Reprodução da Internet)

“Há de se lamentar as pessoas infectadas, há de se lamentar as pessoas que morreram. Não somos números. Mesmo as pessoas que você não conhece, mesmo as que você não convive.” O desabafo é de quem está enfrentando mais que a suspeita de estar infectada pelo novo coronavírus. A belo-horizontina Luciene de Lemos Iosebica, de 46 anos, mora há um ano em Barcelona e transmitiu da Espanha um vídeo da neste fim de semana que sensibilizou muita gente.

Nele, alerta para a necessidade de se tomar cuidados com a COVID-19. Enquanto algumas pessoas, inclusive autoridades, parecem não ter ciência da gravidade da pandemia no Brasil, ela faz apelo para que todos fiquem em casa e reflitam bastante sobre este momento tão delicado.



“As pessoas infectadas não são números. Tenho um rosto, tenho cabelo, tenho sonhos, tenho dores, tenho família. Não quero morrer. Você não quer morrer. Então, quando você apoia ir para a rua, retomar seu negócio, reabrir sua lanchonete, reabrir seu salão de beleza, voltar a entrar no metrô, você está assumindo um risco que você não tem consciência do que vai acarretar. Há de se lamentar as pessoas infectadas, há de se lamentar as pessoas que morreram. Não somos números", disse durante a transmissão.

Marido retido no Egito

Após ter contato com uma pessoa que testou positivo para o novo coronavírus, Luciene, que é atriz e cantora, aguarda, junto com outras duas pessoas com as quais mora, o resultado do exame a que se submeteu na sexta-feira (27/03). Para completar, o marido, o romeno Sebastian, ficou retido no Egito, onde foi trabalhar, em função do fechamento dos aeroportos devido ao novo coronavirus.



O casal tinha viagem para o Brasil marcada para o Brasil em 23 de março. Ele iria conhecer a família dela, que se divide entre Belo Horizonte e Pedro Leopoldo. A intenção era que o primeiro filho deles, Adam, nascesse em solo brasileiro. “Mas tive trombofilia, um coágulo impediu que o sangue chegasse ao bebê e Adam morreu. Fiz parto induzido quando descobrimos que ele havia falecidoa”, explica ela, rememorando outro degrau na caminhada.


Esperança do reencontro

Agora, espera o resultado do exame para pensar nos próximos passos. Se der tudo certo, vai reencontrar o marido entre o final de abril e o início de maio. “Quando o aeroporto do Cairo reabrir, ou ele vem ou eu vou. Se eu estiver bem de saúde, claro, porque não quero contaminá-lo só porque nos amamos. Seria egoísmo e uma grande burrice. Ele está saudável”, argumenta ela.

Para ela, o momento é de pensar coletivamente e buscar a proteção de todos. “Vamos proteger principalmente os outros, porque no nosso caso o corpo já está trabalhando para nos proteger e não há mais nada a fazer. Estou infectada, mas não posso infectar outras pessoas. Que Deus esteja com todos nós neste momento. Acho que é uma oportunidade para evoluirmos como seres pensantes e criaturas de Deus. Amo vocês!”

O que é o coronavírus?

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

Como a COVID-19 é transmitida?

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia


Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

Especial: Tudo sobre o coronavírus 

Coronavírus: o que fazer com roupas, acessórios e sapatos ao voltar para casa

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