(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas CORONAVÍRUS

Mesmo com restrições, passageiros enfrentam lotações em ônibus de BH durante pandemia

Desde segunda-feira, determinação é que coletivos não podem circular com passageiros em pé, para evitar aglomeração de pessoas


postado em 25/03/2020 15:14 / atualizado em 25/03/2020 16:50

Ônibus estão circulando com frota de dia atípico durante todo o dia(foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
Ônibus estão circulando com frota de dia atípico durante todo o dia (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)

Como forma de evitar a aglomeração de pessoas e a propagação do novo coronavírus dentro do transporte público de BH, a prefeitura resolveu reduzir o número das frotas de ônibus em 5%, mesma quantidade de veículos em dias atípicos. Além disso, acatou a decisão do governo estadual e determinou que os ônibus da capital só podem circular com passageiros sentados. Contudo, as medidas vêm apresentando efeito contrário, principalmente nos horários de pico, de ida e saída do trabalho. 

redução da frota dos ônibus determinada pela PBH está sendo cumprida desde segunda-feira e vem irritando passageiros que, apesar da recomendação para não sair de casa, dependem dos coletivos para ir trabalhar. Nas redes sociais, são vários os relatos de trabalhadores que são obrigados a pegar ônibus lotados nos horários de pico da capital, principalmente nas manhãs.



A diminuição no número de veículos levou em conta a redução de passageiros que circulam atualmente devido à determinação da administração municipal de suspender atividades de comércios não essenciais, como shopping centers, bares, restaurantes e salões de beleza. Em meio à pandemia, várias empresas também liberaram seus empregados para o regime de home office. 

Essa redução de passageiros já vem sendo registrada pela BHTrans: de sexta a terça-feira, o número de pessoas que rodaram a roleta diminui 63,5%. Segundo a média histórica, 3.312.901 passageiros deveriam circular nos coletivos da cidade, mas esse total caiu para 1.206.103 nos últimos quatro dias.

O problema apontado pelos usuários é que a redução da frota não levou em conta que vários setores continuam funcionando durante o isolamento e que inúmeras pessoas ainda dependem do transporte público da capital. Com um número 5% menor de veículos rodando nas ruas, a tendência é de uma maior aglomeração de passageiros nos horários de ida e saída dos trabalhos. 

(foto: Reprodução/Instagram)
(foto: Reprodução/Instagram)


Em um comentário nas redes sociais do Estado de Minas, a técnica em enfermagem Raquel Barbosa denunciou a situação do ônibus 5506A (Ribeiro de Abreu/Centro Hospitais), dizendo que o coletivo estava lotado. Posteriormente, procurada pela reportagem, ela explicou um pouco mais sobre a situação.

“Ontem, o ônibus das 5h30 não passou e aí só foi passar às 6h. Os pontos aqui do Ribeiro de Abreu estavam lotados e o motorista explicou que colocaram fogo no ônibus aqui próximo e aí a empresa falou que não ia sair ônibus antes desse horário. Então, o ônibus foi lotado, só com pessoal aqui do bairro mesmo. Quando chegou à rodovia (MG-20), tinha muita gente e o pessoal começou a questionar o motorista. Aí, ele não parou mais, porque o ônibus estava realmente muito lotado. Mas hoje, também foi muito cheio”, relatou.

Na mesma situação, um usuário da linha S56 (São José/ Vilarinho) publicou em sua conta no Twitter um registro de como estava o veículo às 8h desta terça-feira (24). “Eu estou dentro dele (ônibus) neste momento e aguardei no ponto de ônibus por  1 hora e 25 minutos”, twittou.

 

Marcando a conta do prefeito Alexandre Kalil (PSD), ele ironizou a medida da prefeitura: “@alexandrekalil então em BH somente pessoas sentadas né? A linha S56 tá rodando com apenas 4 ônibus, intervalos de 1 hora e passageiros em pé. @prefeiturabh Qual seu posicionamento sobre isso?”.

Por meio de nota, a Prefeitura de Belo Horizonte declarou que instruiu as empresas de transporte coletivo da capital para que nenhuma linha de ônibus tenha um intervalo maior do que 30 minutos entre as viagens. E, mesmo com a operação em horário reduzido, a determinação é de que nenhum passageiro seja transportado em pé.

A BHTrans informou que mesmo com a redução de passageiros, algumas viagens estão acima do previsto. "A BHTrans está apurando e pode determinar a punição das empresas que estão descumprindo a determinação. Uma das ações já adotadas é a exigência de ônibus extras para reforçar as linhas do MOVE nas estações São Gabriel, Vilarinho, Pampulha, Venda Nova, Barreiro e Diamante", finalizou.

*Estagiário sob supervisão do subeditor Eduardo Murta

O que é o coronavírus?

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

Como a COVID-19 é transmitida?

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia


Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)