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Levar vacina a 7,8 bilhões de pessoas no mundo demandará 8 mil aviões Boeing 747

Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) já está em contato com farmacêuticas, aeroportos e organismos multilaterais para planejar uma das missões mais esperadas dos últimos tempos


09/09/2020 10:45 - atualizado 09/09/2020 11:40

(foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP)
(foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP)

O transporte de carga tem sido a menina dos olhos do setor aéreo durante o período de crise provocado pela pandemia do coronavírus. O segmento hoje está em um momento favorável e deve iniciar uma retomada acelerada nos próximos meses. O maior desafio hoje, entretanto, será a logística para espalhar a tão esperada vacina contra o vírus no mundo.

Segundo cálculos da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), levar uma dose única da vacina a 7,8 bilhões de pessoas ocuparia por completo 8 mil cargueiros Boeing 747, uma das maiores aeronaves do mundo.

"Isso se tivermos apenas uma dose", destacou Glyn Hughes, Head Global de Carga da associação.

A Iata já está se movimentando e mantém contato com farmacêuticas, organismos multilaterais e aeroportos para organizar a missão. Hughes ponderou que a capacidade para transportar as vacinas será um problema.

O setor sofre hoje com a falta de oferta para carga por causa da queda dramática no transporte de passageiros, que tem papel central ao levar carga na barriga das aeronaves.

Na América Latina o desafio é ainda maior, com empresas abandonando de vez a região e grupos importantes em dificuldade financeira. Diante do cenário, a capacidade global do setor, medida em toneladas de carga disponível por quilômetro (ACTKs), recuou 31,2% em julho na comparação com igual mês do ano anterior.

Mesmo com o alerta, as sinalizações são positivas. "O setor de carga tende a mostrar um crescimento rápido depois de uma recessão. Em um período de recuperação, que é o que estamos entrando agora, tipicamente as empresas usam o transporte aéreo para receber materiais mais rápido e atender o crescimento na demanda", explicou Brian Pearce, economista-chefe da Iata.

Os dois participaram de teleconferência com jornalistas, na manhã desta quarta-feira, 9. O economista apontou gráficos na apresentação que mostram a retomada do transporte de carga de forma acelerada após períodos de crise em 2008 e 2000.

A demanda global por transporte aéreo de carga, medida em toneladas de carga por quilômetro (CTKs), apresentou queda de 13,5% em julho na comparação com igual mês de 2019. O número, divulgado na semana passada, voltou à apresentação da Iata para ser comparado com os dados do segmento de passageiros, cuja demanda (medida em passageiros quilômetros pagos, RPK) apresentou queda de 79,8% em igual comparação.

Outra sinalização favorável, na visão de Pearce, é a retomada da confiança empresarial, que voltou a patamares pré-crise nos países da Europa, nos Estados Unidos e na China. "Com isso, há uma tendência de uma recuperação em 'v' no crescimento econômico", disse.

Antes da crise, o transporte de carga estava perdendo espaço nas receitas das empresas aéreas. Desde 2000, a fatia do segmento na receita operacional tem ficado abaixo de 20% e bateu 15% em 2019. Com a crise, esse indicador hoje foi para 25%. "A carga está sendo uma fonte importante de receita em um momento que os recursos praticamente desapareceram. Acreditamos que nos próximos anos o transporte de carga vai ser cada vez mais significativo", disse.

Ele destacou ainda o crescimento do e-commerce com a pandemia. "A pandemia acelerou um processo de mudança no consumo das pessoas. O transporte de carga tem sido muito importante. Vemos muita demanda doméstica de transporte de carga por causa do crescimento do e-commerce", disse.

O que é o coronavírus

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?


Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

 


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