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Estado de Minas COLUNA

Os melhores destinos LGBTQIA+

Prêmio reconhece destinos, no Brasil e no mundo, que estão preparados para receber a comunidade LGBTQIA+


24/01/2023 06:00

Imagem de taças de vinho com prato
A realidade é que as pessoas LGBTQIA+ enfrentam problemas únicos de viagem em cada destino (foto: acervo pessoal/ Isabella Ricci)
O final de 2022 e início de 2023 estão marcados por muitas premiações no setor do turismo, o que indica que estamos conseguindo atuar de maneira mais técnica e profissional. O grande prêmio da semana passada foi o 2º Prêmio Viaja Bi! Que reconheceu os melhores destinos LGBTQIA+ para 2023.
 
Há um ano e meio atrás, escrevi sobre o tema, onde fiz algumas reflexões. Meu principal questionamento era: “se existe a necessidade de destinos que são LGBTQIA friendly, é porque de outro lado temos destinos que não o são”. E infelizmente a verdade é essa.
 
Ainda existem destinos que não sabem ser hospitaleiros com a comunidade. Por isso, o prêmio, reconhece aqueles destinos – e claro, seus respectivos empreendimentos – que atuam de maneira a deixar a estada do público LGBTQIA mais segura e confortável.

O prêmio consultou 63 especialistas e viajantes frequentes do Brasil e exterior, que são parte da comunidade LGBTQIA . Nem sempre o público consumidor vai conseguir identificar destinos e parceiros que são verdadeiros aliados da comunidade, afinal, os esforços para ser um destino LGBTQIA friendly vão muito além de pendurar uma bandeira arco-íris em seu hotel. As iniciativas precisam ir além do plano de marketing e incluir e acolher, de verdade. 

A realidade é que as pessoas LGBTQIA enfrentam problemas únicos de viagem em cada destino – mas com planejamento e consciência dos locais que serão visitados, é possível aproveitar experiências de viagem sem se preocupar. Na verdade, aprender sobre os desafios e experiências únicas nos destinos, aproxima e ajuda a criar empatia.
 
 
Aliás, turismo é exatamente sobre isso! O site da IGLTA (International LGBTQ Travel Association), é uma excelente fonte de pesquisa para entender melhor sobre o segmento. A IGLTA oferece recursos de viagens e informações gratuitas, enquanto trabalha continuamente para promover a igualdade e a segurança no turismo LGBTQ em todo o mundo.

Por isso, premiações segmentadas são tão importantes, para que o grande público tenha segurança ao buscar informações. Nesse sentido, o 2º Prêmio Viaja Bi! Reconheceu as seguintes categorias de destinos LGBTQIA : internacional, brasileiro, para casais, festas e baladas, viagem solo, aventura/ outdoor, beleza natural, viagem em família, viagem cultural, viagem gastronômica, melhor promoção turística para viajantes LGBTQIA e destino imperdível que não é friendly. E os grandes vencedores foram: destino internacional, Buenos Aires. Destino brasileiro, São Paulo. E Belo Horizonte ficou em 5º! Destino para casais, Paris (sempre né!). Destino para festa e balada, São Paulo.
 
 
Destino para viagem solo, o Rio de Janeiro continua lindo! Melhor destino de aventura/ outdoor ficou com o Chile, o segundo lugar para o brasileiro Mato Grosso do Sul e o terceiro com a Argentina. Em destino de beleza natural, ganhou o Rio de Janeiro, mas o Brasil sempre fazendo bonito, com o segundo lugar empatado entre Fernando de Noronha e Lençóis Maranhenses, e o terceiro para a Bahia. 

Nos destinos para viagem em família, ganharam Orlando/ Estados Unidos Portugal e Gramado, no sul do Brasil. As viagens culturais ficaram com São Paulo, Londres e França. Indiscutíveis. As viagens gastronômicas ficaram com São Paulo (mais uma vez), Minas Gerais e Tailândia.
 
Bem que nessa eu achava que Minas merecia o primeiro lugar. A melhor promoção turística ficou com Espanha, Estados Unidos e Rio Grande do Norte. Vale aqui ressaltar que o estado brasileiro do Rio Grande do Norte se destacou entre dois países, o que é resultado de investimentos estratégicos e certeiros na promoção do turismo. E, por fim, o destino imperdível que não é friendly, Egito. De acordo com o site Viaja Bi!: “Não há uma lei que criminalize a atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo, mas a lei de combate à prostituição é seletivamente usada para atingir indivíduos da comunidade LGBTQIA .
 
 
Sob que acusação, você me pergunta? A mais comum: incitar ou induzir a devassidão, seja lá o que isso significa! A pena máxima é de três anos de prisão, mas já rolou algumas de mais de 6 anos e tem uma proposta de lei tramitando agora para aumentar para 7 anos! Em 2020, um conselho do governo condenou publicamente a homossexualidade e incentivou terapias de conversão”.

Portanto, valem sempre as dicas: pesquise as políticas LGBTQIA locais e as atitudes sociais antes de viajar. Lembre-se de que todos os conteúdos de viagem são escritos por pessoas que vêm com sua própria perspectiva. Ao pesquisar, lembre-se de que sua identidade e preferências podem ser diferentes das do autor, portanto, procure várias fontes de informação. Procure também por operadoras de turismo e prestadores de serviços especializados LGBTQIA , o conhecimento profissional sempre aliviará parte da ansiedade associada a viajar. 

O setor e o segmento estão em amplo crescimento. Por isso, cabe ao viajante pesquisar e entender, o que mais lhe convém, e é seguro. E cabe aos destinos e empreendimentos que se posicionam como LGBTQIA friendly, não cuidarem apenas do lazer, mas sim garantir a segurança e acolhimento, para que o seu turista se sinta seguro, confortável e, claro, queira retornar ao destino.


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