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SAÚDE DOS PEQUENOS

Páscoa: com quantos anos meu filho pode comer chocolate?

Sociedade Brasileira de Pediatria não recomenda o consumo de açúcar até dois anos de idade

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Com a proximidade da Páscoa e muitos ovos à venda, é difícil resistir ao chocolate. Para quem tem uma criança em seu círculo familiar ou de amigos, essa missão pode ser ainda mais complicada, principalmente com a quantidade de produtos associados a brindes e outros atrativos que chamam atenção.

A Sociedade Brasileira de Pediatria não recomenda o consumo de açúcar até dois anos de idade. Após, é indicado o limite de 25 gramas por dia (que corresponde a duas colheres de sopa).

Gerente de nutrição do Grupo Prontobaby, Paula Tuffy afirma que, nos 24 primeiros meses de vida, a criança está em processo de introdução alimentar e começa a criar hábitos. “Caso inicie com alimentos ricos em açúcares, embutidos e afins, pode acostumar o paladar. Além disso, o cérebro tende a preferir comidas ricas em açúcar”, comenta a especialista, que lista a obesidade e o diabetes como doenças de risco para esse consumo exacerbado na infância.



A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que, no máximo, 10% das calorias diárias ingeridas sejam provenientes do consumo de açúcar, o que equivale a cerca de 50 gramas. De acordo com a agência internacional de promoção à saúde, o ideal é reduzir essa porcentagem para 5%, mais ou menos 25 gramas ou cinco colheres de chá.

Mas, e se os pequenos ingerirem mais do que essa quantidade em um dia? Também nutricionista infantil do grupo, Sidclay Padilha diz que não há problema se for uma situação pontual e o que vai acontecer é uma “explosão de energia”.

“Pode ocorrer uma espécie de vício momentâneo devido ao estímulo no cérebro, porém tudo irá se normalizar após a regulação da glicemia”, comenta.



Estudos mostram que, quanto mais os responsáveis restringem e escondem guloseimas, mais as crianças podem desenvolver comportamentos de compulsão e fissura com doces. Por outro lado, se for liberado o consumo de alimentos muito palatáveis, pode atrapalhar na hora de escolhas mais saudáveis. Dito isto: qual é a maneira certa de incluí-los na alimentação?

“Sempre acompanhado de outros alimentos ricos em fibra, proteínas, gorduras e carboidratos complexos. Dessa forma, a intensidade do pico glicêmico é reduzida. Uma rotina na ingestão desses alimentos pode gerar o hábito saudável, já que o cérebro entende que não há necessidade de ‘desespero’ e que logo poderá ingeri-lo novamente”, explica Paula.

Em questões calóricas, não há vantagem de um tipo de chocolate sobre o outro, porém os com maior concentração de cacau e menor adição de açúcar são mais interessantes para se ofertar aos pequenos.

“Por não serem tão doces, o pico glicêmico ocasionado não é muito bruto quanto os que têm adição exacerbada de açúcar”, explica Sidclay.

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