Cardiopatas podem desenvolver depressão no pós-operatório
Diante da possibilidade de complicações graves e até do risco de morte, o procedimento cirúrgico pode causar sofrimento na mente do paciente
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Siga noImagine o estresse, a angústia e a ansiedade ao descobrir um problema de saúde no coração. Passar por um procedimento cirúrgico não é fácil, e lidar com o pós-operatório, diante da possibilidade de complicações graves e até morte, pode causar sofrimento na mente de quem passou pela mesa de operação. É por esses motivos que cardiopatas podem desenvolver depressão, ansiedade e estresse crônico na grande maioria e, muitas vezes, precisam de reabilitação dentro e fora dos hospitais onde são atendidos.
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Segundo o diretor técnico do Hospital Evangélico de Londrina e especialista em terapia intensiva e cirurgia cardiovascular, João Roberto Pazini, “cardiopatas internados para procedimento cardiológico enfrentam, no pré o pós operatório, alterações psicológicas que podem impactar no seu bem-estar emocional ou desfecho clínico", diz. "Com o diagnóstico e o tratamento ainda na fase de internação hospitalar, o cardiopata pode se beneficiar de um acompanhamento psicológico precoce."
O especialista ressalta que limitações das atividades diárias, como a restrição alimentar, atividade física além da incerteza e do prognóstico, podem levar o paciente a depressão, piorando o quadro clínico mental. O sono é outra questão importante. A rotina hospitalar pode afetar o ritmo circadiano e o o sono do paciente. A insônia passa a ser um problema.
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Quadros de alterações cognitivas podem ocorrer. Alguns pacientes podem apresentar confusão mental ou dificuldades cognitivas, muitas vezes associadas à hipoxemia transitória, ao uso de medicamentos ou à gravidade da condição cardíaca. Em idosos, é comum o delirium, especialmente em casos graves ou após cirurgias – pontua o médico.
Para dar melhor qualidade de vida aos cardiopatas, a reabilitação faz parte de um tratamento multidisciplinar. Os benefícios são evidentes na adaptação ao trabalho e no resgate ao convívio social pleno desses pacientes.
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