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CUIDADOS DOS 50+

Degeneração Macular: Tudo o que você precisa saber sobre a doença

Especialista esclarece que o distúrbio é mais comum em pessoas acima de 50 anos e pode prejudicar a visão central

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Muito se ouve falar da Degeneração Macular, mas, afinal, que tipo de doença é essa que ataca os olhos das pessoas? De acordo com a oftalmologista Ana Cristina Picchioni Baêta, a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) é uma doença que afeta a mácula, a parte central da retina, responsável pela visão de detalhes. Segundo dados do Ministério da Saúde (2022), sugere-se uma prevalência de 2,2% na faixa etária de 70-79 anos e de até 10,3% em indivíduos com 80 anos ou mais.

A especialista esclarece que a doença é mais comum em pessoas acima de 50 anos e pode prejudicar a visão central, mas não leva à cegueira total. Mas o que é mácula? Ela é a região central da retina, rica em fotorreceptores chamados cones. A função dessas células é receber os raios luminosos e transformá-los em impulsos elétricos que são enviados ao cérebro para formar imagens. Resumindo, a mácula é a região central da retina, responsável pela visão de cores e detalhes.

A oftalmologista explica que as principais causas da doença são o envelhecimento, fatores genéticos, exposição ao sol, sem proteção, alimentação inadequada e tabagismo. “Os sintomas incluem visão embaçada, dificuldade para ler ou enxergar detalhes, linhas retas que parecem onduladas e uma mancha escura ou vazia no centro da visão”. Mas o que pode piorar a DRMI? Ana Cristina explica que são fatores como a má alimentação: o excesso de exposição ao sol sem proteção, e a falta de acompanhamento médico que podem piorar a doença.

Diagnóstico

 

Oftalmologista Ana Cristina Picchioni Baêta fala da importância dos exames preventivos para a saúde dos olhos

Oftalmologista Ana Cristina Picchioni Baêta fala da importância dos exames preventivos para a saúde dos olhos

Alexandre Guzanshe/EM

Quanto ao diagnóstico, a médica explica que este é feito, principalmente, com exames oftalmológicos, como mapeamento de retina, tomografia de coerência óptica (OCT). “Existem dois tidos: DMRI: a seca, mais comum e de progressão lenta, causada pelo desgaste da mácula e a DMRI úmida: menos comum, porém mais grave, devido ao crescimento anormal de vasos sanguíneos na retina”. Ana Cristina ressalta que não existe cura para a doença, mas esclarece que o tratamento pode controlar a progressão. “Para a DMRI seca: suplementos vitamínicos e mudanças no estilo de vida. Para a DMRI úmida: injeções intravítreas com substâncias antiangiogênicas.”

Mas a médica alerta que o mais importante é o acompanhamento periódico, com um oftalmologista, muitas vezes mensal. “Para isso precisamos, muitas vezes, da conscientização do acompanhante ou cuidador que é quem leva o paciente para as consultas”. Ana Cristina esclarece que, atualmente, a cirurgia não é uma opção de tratamento. “Não existem cirurgias com bom resultados”, justifica. Embora não cause cegueira total, a DMRI pode comprometer, significativamente, a visão central, dificultando atividades como leitura e reconhecimento de rostos, prejudicando a visão de detalhes.”

A especialista esclarece que a DMRI não tem cura, mas garante que existem tratamentos eficazes para controlar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente. “Quanto antes o diagnóstico for feito, mais chances de controlar a progressão, por isso a importância do controle periódico. A DMRI começa, geralmente, após os 50 anos, com maior incidência em idosos acima de 70 anos. O envelhecimento é a principal causa, mas fatores genéticos e estilo de vida também influenciam”. Ana Cristina ressalta que a DMRI afeta a mácula que fica no centro da retina.

Quanto aos exames a serem feitos, a especialista explica que existe o mapeamento de retina, a tomografia de coerência óptica (OCT), retinografia e a autofluorescência.

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