O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) voltou a usar as redes sociais, nessa quarta-feira (24/12), para atacar ex-aliados políticos. O filho do ex-chefe do Executivo acusou antigos apoiadores de abandono e de conivência com o que chamou de “sistema”. A reação se refere à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros times.

Em publicação no X (antigo Twitter), Carlos afirmou que o pai estaria se “sacrificando” para expor uma “hemorragia profunda” sofrida pelo país, que, segundo ele, não seria apenas física, mas também institucional e moral - referência também à facada durante a campanha eleitoral que o levou à Presidência da República.

Sem citar nomes, o parlamentar direcionou críticas a ex-aliados que, na avaliação dele, deixaram de defender Jair Bolsonaro no momento mais delicado da trajetória política da família.

“Ele sabe que foi abandonado por muitos que deveriam defendê-lo até as últimas consequências - inclusive por aqueles que só chegaram onde chegaram graças à sua força, coragem e liderança”, escreveu. Na mesma mensagem, Carlos disse não esperar reconhecimento de “canalhas” e afirmou que a história “sempre cobra”.

Desde a prisão do pai, Carlos Bolsonaro tem adotado uma postura mais agressiva contra antigos aliados da direita e do centrão, especialmente aqueles que defendem a reorganização do campo conservador sem a liderança direta de Jair Bolsonaro. O ex-presidente escolheu o filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), para suceder o seu projeto político

Anteriormente, o vereador já havia atacado publicamente grupos que pregam a “união da direita”, mas que, segundo ele, não se posicionaram em apoio ao senador Flávio Bolsonaro. “Os ‘isentões’ e os ‘limpinhos’, aqueles que diziam lutar pela ‘união da direita’, hoje já não querem mais união alguma”, escreveu, antes de acusá-los de submissão ao sistema.

Cirurgia

O ex-presidente Jair Bolsonaro será submetido, na manhã desta quinta-feira(25/12), a uma cirurgia para correção de hérnia inguinal bilateral, em Brasília (DF). O procedimento está previsto para começar às 9h, sob anestesia geral, e deve se estender por cerca de quatro horas, segundo boletim médico divulgado pelo Hospital DF Star.

Bolsonaro foi internado nessa quarta-feira para a realização de exames clínicos e o preparo pré-operatório. De acordo com a equipe médica, ele passou por avaliações cardiológica e de risco cirúrgico e foi considerado apto para a intervenção. A unidade informou ainda que todos os protocolos necessários foram cumpridos antes do procedimento.

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A internação do ex-presidente foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após uma perícia da Polícia Federal indicar a necessidade da cirurgia.

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