Estabelecimentos de BH terão 90 dias para disponibilizar cardápio impresso
Bares e restaurantes serão obrigados a disponibilizar pelo menos um exemplar físico do menu ou um tablet para os clientes
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Bares e restaurantes de Belo Horizonte terão 90 dias, a partir desta quarta-feira (31/12), para se adequarem a nova regra sobre cardápios na capital. Agora, os estabelecimentos devem ter pelo menos um exemplar físico do menu disponível para os clientes.
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A Lei nº11.945 foi aprovada pela Câmara Municipal no dia 3 de novembro e sancionada pelo prefeito Álvaro Damião nessa terça (30). Ela abrange restaurantes, churrascarias, pizzarias, hamburguerias, bares, lanchonetes e outros estabelecimentos do gênero.
Segundo o documento, os proprietários também têm a opção de disponibilizar um tablet para os clientes.
Mudança bem-vinda
O texto aprovado é de autoria do vereador Bispo Arruda (Republicanos). Segundo ele, a disponibilização exclusivamente de cardápios digitais pode gerar "constrangimentos e transtornos", principalmente a clientes idosos. Ao Estado de Minas, Arruda afirmou que "grande parte desse público tem dificuldades em lidar com tecnologia ou não possui um celular compatível".
Em novembro, quando o projeto foi aprovado, a reportagem conversou com Flávia Araújo Badaró, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (Abih MG). Entre os impactos, ela cita os custos adicionais com criação, impressão e atualização periódica dos menus físicos, além da necessidade de gestão integrada entre as duas versões da carta.
"Trata-se de uma exigência simples, mas que requer organização e pode ser transformada em uma oportunidade estratégica para valorizar a experiência do hóspede".
Na época, a medida foi considerada positiva pelos consumidores, uma vez que muitos preferem a versão impressa ao QR Code. "Acho mais prático de visualizar as informações; normalmente o (cardápio via) QR Code tem muitas abas, você precisa ficar indo e voltando", diz a assistente técnica Ana Carolina Mascarenhas, de 25 anos.
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Pedro Matteo, de 26 anos, que atua com marketing, pensa que a disponibilização do cardápio impresso tende a beneficiar, em especial, o público mais idoso. Porém, salienta que também prefere essa versão em relação à digital. "Acho mais prático. Eu gosto de ter tempo de folhear as opções e escolher. Acho que é benéfico ter as duas opções", avalia.