Professora morta não foi violentada sexualmente, aponta laudo preliminar
A Polícia Civil também revelou que a causa da morte foi esganadura, e o suspeito confesso de matar Soraya Tatiana é o filho dela, Matteos França
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Soraya Tatiana Bonfim França, de 56 anos, encontrada morta embaixo de um viaduto no último domingo (20/7), não foi violentada sexualmente, conforme apontam laudos preliminares da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). A corporação também informou que a causa da morte foi esganadura e que o principal suspeito é o filho dela, Matteos França, de 32 anos. Ele foi preso temporariamente nesta sexta-feira (25/7) e confessou ter cometido o crime após uma discussão com a mãe na casa onde os dois moravam, no Bairro Santa Amélia, na Pampulha.
De acordo com a corporação, Matteos alegou que teve um surto e acabou enforcando a mãe na sexta-feira (18/7). Ainda segundo o próprio, ele enfrentava um colapso financeiro devido a apostas na internet e dívidas de crédito consignado. A Polícia Civil informou que trabalha com duas linhas de investigação: crime premeditado ou não.
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Em coletiva, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que Matteos teria agido sozinho. Após a morte da professora, ele disse que saiu de casa com o corpo no porta-malas do carro dela. Ainda na sexta-feira, foi até o Bairro Conjunto Caieiras, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e abandonou o cadáver, que só foi encontrado no domingo (20/7), após uma denúncia anônima.
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Circunstâncias
Matteos teria sido a última pessoa a ver Soraya, quando ela saía para uma viagem à Serra do Cipó, distrito de Santana do Riacho, na Região Central do estado. Desde o início, pessoas próximas à professora buscaram imagens de segurança que pudessem ajudar a esclarecer onde ela estava e de que forma saiu de casa.
À Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), durante o registro do desaparecimento, na noite de sábado (19/7), Matteos afirmou que chegou a verificar as câmeras do prédio onde a professora morava e não havia indícios de que ela tivesse saído, seja de carro ou a pé.
De acordo com o suspeito, as gravações mostraram que, entre a noite de sexta-feira e a manhã de sábado, dois veículos ficaram parados próximos ao portão social. No entanto, segundo o relato de Matteos, não foi possível identificar as placas nem verificar se alguém entrou ou saiu dos carros.
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Homenagem
“Hoje meu mundo está mais triste, mais vazio, sufocante. Mas, dentro de mim, mãe, você continua viva: na minha voz, nas minhas escolhas, no que eu fui, sou e sempre serei. Tudo o que aprendi de mais bonito veio de você”, escreveu Matteos França em publicação no Instagram após o homicídio.
O filho de Soraya também escreveu: “Você foi mais do que apenas mãe. Foi minha amiga, minha parceira, minha maior encorajadora, incentivadora, minha inspiração, meu amor”.
Na última terça-feira (22/7), em entrevista ao Estado de Minas, Matteos chorou ao falar sobre a relação que tinha com a mãe. Ele chegou a descrevê-la como uma pessoa amorosa, que não tinha desavenças com ninguém. Matteos também afirmou que a família não fazia ideia do que poderia ter acontecido com ela.
“Estamos esperando alguma resposta. Não consigo expressar o que estamos sentido de outro jeito que não seja perdidos e devastados. Queremos respostas e conseguir que ela descanse em paz”, disse o filho, à reportagem.