Acusado de tentar matar advogado para ficar com carro dele é julgado
Daniel Ribeiro dos Santos será julgado nesta quarta-feira (18) por tentativa de homicídio e outros crimes, incluindo peculato e estelionato
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Siga noSerá julgado na manhã desta quarta-feira (18/6) Daniel Ribeiro dos Santos, acusado de tentar matar um advogado para ficar com o carro dele em novembro de 2022. O crime foi registrado no bairro Vila Barragem Santa Lúcia, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Daniel é filho do dono de uma oficina mecânica e recebeu do advogado um carro Nissan Livina para reparos. A partir da entrega do veículo na oficina, o denunciado, ao invés de providenciar o orçamento para o conserto, passou a sustentar, falsamente, que o carro precisaria de diversos reparos, “induzindo e mantendo a vítima em erro para obter vantagens indevidas”.
A situação continuou por cerca de dois meses. Nesse período, o advogado pagou a Daniel a quantia de R$ 3.496 para os reparos do carro. A partir do dia 21 de novembro de 2021, o Ministério Público alega que Daniel se apropriou do carro da vítima e decidiu não devolvê-lo ao advogado. Dessa forma, o acusado planejou matar a vítima “com o objetivo de garantir o proveito dos crimes patrimoniais já consumados”.
No dia 30 de novembro daquele ano, Daniel fez contato com o advogado e pediu para que ele fosse até a oficina para buscar o carro. Quando a vítima se aproximou do local, ela foi atingida por disparos de arma de fogo. Durante a ação, o advogado conseguiu correr e se abrigar em um comércio. Ele foi socorrido e encaminhado para o hospital.
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Dois acusados e um absolvido
Ainda segundo o MP, Daniel planejou o crime com Everton Matheus Santos. A denúncia afirma que os disparos contra o advogado foram feitos por Everton. “O crime foi praticado pelos dois denunciados para assegurar a impunidade dos crimes de estelionato e apropriação indébita descritos no primeiro e segundo fatos. O crime foi praticado ainda mediante emboscada, haja vista que a vítima foi atraída para o local do crime com a justificativa de que ali receberia o veículo que o denunciado Daniel lhe prometera entregar, narra o Ministério Publico.
O caso foi desmembrado e Everton foi julgado em outubro de 2024. Na ocasião, o Tribunal do Júri julgou improcedente a denúncia do Ministério Público e absolveu Everton.
O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da 2ª Presidência de Belo Horizonte reconheceu que houve tentativa de homicídio contra o advogado. No entanto, por maioria de votos, não foi reconhecido que o autor dos disparos era o acusado, que, além de absolvido, foi liberado da detenção.
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No tribunal, o réu negou ter cometido o crime. Ele ressaltou que já se envolveu com tráfico de drogas, mas, na época, já tinha se desvinculado. O suspeito acredita que, por isso, foi associado a esse crime na delegacia.