prejuizo inesperado

Raio atinge fazenda e mata 12 animais no Jequitinhonha

Chuva esperada para aliviar seca causou prejuízo de R$ 45 mil a agricultor no município de Francisco Badaró

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O pequeno produtor Aparecido Teixeira da Rocha, o Tido de Dezim, de Francisco Badaró, no Vale do Jequitinhonha, sempre enfrentou prejuízos com a seca. Desta vez, porém, lamenta uma perda causada por uma chuva forte e inesperada.

Durante um temporal na noite de terça-feira (29/04), um raio matou 12 cabeças de gado na Fazenda Zabelê, propriedade do agricultor, localizada em Barreiros, a 18 quilômetros da sede de Francisco Badaró.

Ouvido pelo Estado de Minas na noite de quarta-feira (30/04), Aparecido contou que o prejuízo estimado foi de R$ 45 mil. Recentemente, ele havia recebido um financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para melhorar sua atividade.

O agricultor esperava recorrer ao seguro Safra, também do Pronaf, para cobrir parte da perda causada pelo raio. No entanto, foi informado por um funcionário do banco que não teria direito ao ressarcimento, pois, ao assinar o contrato do empréstimo, ele contratou apenas o seguro de vida.

Na propriedade, a descarga elétrica atingiu 14 animais que estavam debaixo de uma árvore, no local conhecido como “maiador”, no meio do pasto. Das 14 cabeças de gado, apenas duas — um boi e uma vaca — sobreviveram.

Produtor clamava por mais chuva

Nesta época do ano, a chuva é rara no Vale do Jequitinhonha, onde a seca "braba" se intensifica de abril a setembro. Aparecido Teixeira da Rocha afirmou que, nos meses de janeiro, fevereiro e março, as chuvas foram escassas na região.

“Por isso, ficamos esperando que a chuva viesse para amenizar a seca. Mas, em vez disso, veio o raio e causou um grande prejuízo”, contou Aparecido. Para piorar, ele lamenta que o temporal de terça-feira à noite não tenha sido suficiente para recuperar o nível das duas pequenas represas em sua propriedade.

Ele explicou que um dos reservatórios está praticamente seco. “Se não chover, a outra represa, no máximo, terá água até junho”, alertou o agricultor.

Mesmo com o prejuízo causado pelo temporal, Aparecido pede mais chuva. Se não chover nos próximos dias, as duas represas de sua propriedade vão secar, e ele enfrentará mais dificuldades para manter o restante do seu gado, que agora soma 12 cabeças — duas que escaparam junto à árvore no local atingido pela descarga elétrica e outras 10 que estavam espalhadas pelo pasto.

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Se as pequenas barragens secarem completamente, Aparecido avisa que será obrigado a levar seus animais para beber em uma represa vizinha, utilizada pela comunidade.

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