
BH: quase 60 casais transformam união estável em casamento em mutirão
Conversão para o casamento permite segurança jurídica de casais que já estão juntos há algum tempo; certidão será entregue no final de novembro
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Siga noO primeiro Mutirão de Conversão de União Estável em Casamento de Belo Horizonte possibilitou que 59 casais regularizassem os relacionamentos. Realizada pela Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), em parceria com o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), nos dias 25 e 26 de setembro, a transformação de união estável em casamento ajudou casais sem condições financeiras para arcar com taxas de cartórios.
Em horários pré-agendados, defensores públicos realizaram as sessões de conciliação com os casais, orientando e esclarecendo sobre os efeitos jurídicos da conversão e colhendo os documentos comprobatórios da união estável. Em seguida, cada testemunha foi chamada na sala de conciliação para um depoimento individual sobre a condição da união do casal. Os documentos foram encaminhados para homologação do Cejusc e a certidão de conversão de união estável em casamento será entregue aos casais no dia 29 de novembro.
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Para a conversão, não é necessário que a relação tenha um tempo mínimo, mas ela deve ser contínua e duradoura. É preciso que o casal se apresente para a sociedade como uma entidade familiar e não como simples namorados. Segundo a coordenadora estadual dos Centros de Conciliação e Mediação da DPMG, Paula Regina Fonte Boa Pinto, não é necessária uma escritura pública ou um contrato, mas é preciso demonstrar que realmente existe uma união estável.
“Geralmente são casais que já estão juntos há alguns anos, dividindo a vida. Muitos já têm filhos comuns. Não que seja a regra ter filhos comuns, mas isso demonstra que de fato existe uma união ali, que só não foi regulamentada pelo casamento, mas é uma família”, explica a defensora pública.
A realização do sonho e a segurança jurídica são os principais motivos pelos quais os casais buscam a conversão. Os direitos de quem vive em união estável são os mesmos do casamento, a diferença é a facilidade de comprovação. É preciso apresentar vários documentos para comprovar a união estável, já com a certidão de conversão de união estável em casamento não são necessários outros documentos para que os direitos sejam garantidos.
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“Para buscar um benefício previdenciário, por exemplo, é necessário comprovar o tempo da união, quando ela começou. Quando você tem uma certidão, ela já está lá com uma data de início; apresentando o documento, a prova está feita. Um casal vive em união estável há anos. Pode ser que lá na frente os herdeiros de um deles questionem essa situação. Então, de fato, a conversão traz segurança jurídica para os casais”, explica Paula Regina.