
Peter Sutherland, o anti-007 de "O agente noturno", está de volta
Com 10 episódios, segunda temporada da série da Netflix traz o espião às voltas com missões fracassadas, traição e conspirações
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Siga no“O agente noturno”, da Netflix, é uma série B. Isso não é crítica, mas um fato. É a velha história requentada de espiões, com os bons, os maus e os que jogam dos dois lados, elenco sem grandes estrelas, nenhuma pretensão de ser mais do que é. Os 10 episódios apresentam um suspense à moda antiga, ainda que a trama, inspirada no livro homônimo de Matthew Quirk, seja contemporânea.
Mas quem não gosta de um bom arroz com feijão? A primeira temporada, lançada em 2023, foi a série mais assistida da plataforma naquele ano. Atualmente, “O agente noturno” ocupa o posto de sétimo seriado de língua inglesa mais popular da Netflix desde sua criação – nos primeiros três meses de lançamento, foram 98,2 milhões de visualizações.
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Amparada nesta repercussão, a segunda temporada acabou de chegar à plataforma – e a terceira está garantida. Novamente com 10 episódios, encontramos o protagonista, Peter Sutherland (Gabriel Basso), um ano após os acontecimentos da rodada anterior.
“O agente noturno” acompanha a trajetória de um agente do baixo escalão do FBI. Foi rebaixado depois do atentado a bomba em que ele salvou todo mundo. Só que acabou sendo apontado como suspeito do ato. Por isso, foi parar num trabalho de escritório: basicamente ficar à espera, todas as noites, que agentes de campo liguem para ele diante de alguma emergência. A pegadinha é que o telefone está sempre mudo.
Certa noite, ele finalmente toca. No decorrer da história, Peter não só resolve uma conspiração como salva a vida da presidente dos EUA, Michelle Travers (Kari Matchett). Cai nas graças dela, que o promove a agente de campo da unidade de operações secretas Night Action. É neste ponto que tem início o novo ano.
A sequência inicial é uma provocação para aqueles que torceram pelo relacionamento de Peter com a superprogramadora Rose Larkin (Luciane Buchanan). Ele a salvou na temporada de estreia, e Rose se tornou sua improvável parceira na resolução da conspiração. Os dois, obviamente, se apaixonaram.
Pois encontramos Peter na Tailândia em uma conversa cheia de chamegos com uma loira. É Alice (Brittany Snow), outra agente. Na verdade, superior dele, que é novato. Ela vai treiná-lo, muito a contragosto da chefona da equipe, Catherine Weaver (Amanda Warren). Experiente, acha que a presidente se precipitou ao colocá-lo em posição de destaque na unidade.
Peter, na opinião dela, precisaria de mais tempo. E Catherine, definitivamente, não confia nele. Na Tailândia, Peter e Alice estão no encalço de um possível traidor dentro da CIA. Dá tudo errado na missão, não sem antes o espectador acompanhar a dupla em perseguições engenhosas.
De volta a Nova York, Peter passa por maus pedaços. Novamente sozinho, sem confiar em ninguém e desaparecido para os próprios superiores, ele vai investigar por conta própria o que está por trás do que aconteceu na Tailândia. Se surpreende com Rose. Ela recebera telefonema suspeito de um homem desconhecido, atrás de Peter, a quem procurava havia um ano. Gênio de TI, ela o encontra rapidamente, coisa que toda a inteligência americana não conseguiu.
Esta é só uma das questões que devemos deixar de lado, pois definitivamente “O agente noturno” não veio ao mundo para ser crível. Mas não dá para não ter simpatia pelo Peter. O agente interpretado por Gabriel Basso não tem nada do glamour de 007 ou o porte de Jason Bonham, mas acaba conquistando o público justamente por parecer um cara comum.
“O AGENTE NOTURNO”
• A segunda temporada, com 10 episódios, está disponível na Netflix