(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas MEMÓRIA

Flávio Cavalcanti, lenda da TV brasileira, faria 100 anos neste domingo

Apresentador do SBT fez história na televisão do século 20 com reportagens polêmicas, performance carismática e bordões como 'nossos comerciais, por favor!'


15/01/2023 04:00 - atualizado 14/01/2023 01:19

Apresentador Flavio Cavalcanti ergue o braço direito durante exibição de seu programa, no SBT. Ao fundo veem-se aparelhos de televisão
O apresentador em ação no "Programa Flavio Cavalcanti" (foto: SBT/reprodução)

O centenário de nascimento de Flavio Cavalcanti, lenda da televisão brasileira, é comemorado neste domingo (15/1). Apresentador do SBT, a emissora saiu do ar em 26 de maio de 1986, dia de sua morte, aos 63 anos. Foi a forma encontrada por Silvio Santos para homenagear o polêmico e carismático Flavio, que tivera isquemia coronariana, quatro dias antes, enquanto comandava o programa que levava seu nome.

Flavio Cavalcanti, Chacrinha (1917-1988) e Silvio Santos, de 92 anos, formam o trio de ícones da televisão brasileira no século 20. Pioneiros, os três criaram atrações que conquistaram milhões de telespectadores durante anos.
 
Flavio também apresentou “Um instante, maestro!”, “Boa noite, Brasil” e “A grande chance”. Trabalhou nas TVs Tupi, Rio, Excelsior, Manchete e Bandeirantes, além do SBT. Introduziu jurados na TV, lançou jovens talentos da música e quebrou ao vivo discos de cantores que desaprovava.

Gostava de sensacionalismo. Entrevistou Tenório Cavalcanti, o poderoso chefão da Baixada Fluminense, e o médium Seu Sete da Lira. Criou bordões, como o famoso “nossos comerciais, por favor”. A Globo estreou o “Fantástico”, em agosto de 1973, para concorrer com ele.

Apoiador do golpe e protetor de Leila Diniz

Conservador, apoiou o golpe militar de 1964, mas segundo o filho, Flavio Cavalcanti Junior, autor do livro “Senhor TV” (Matrix), afastou-se dos generais por causa da censura e da tortura. Desagradou aos donos do poder ao esconder em casa a atriz Leila Diniz, ameaçada de prisão.

Flavio foi obrigado a sair do ar por dois meses pelo Departamento de Censura Federal quando exibiu reportagem sobre um mineiro, vítima de impotência sexual, que “emprestou” a mulher a outro homem. O caso havia sido noticiado pelo Estado de Minas e Diário da Tarde.

Em 1973, ele levou os três e o delegado do caso a seu programa, mas aquele triângulo não agradou aos donos do poder . Durante a punição, a atração foi comandada por Flavio Jr.  Marcia de Windsor, Erlon Chaves e Sérgio Bittencourt, entre outros jurados do "Programa Flavio Cavalcanti".


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)