
“Seus primeiros atos para derrotar a conspiração foram rápidos e eficientes. Precisou acudir às urgências e, em algumas, têm se saído bem”, disse Míriam. Por outro lado, a jornalista destaca que a ideia de revogar a independência do Banco Central, as mudanças no marco do saneamento, e a reestatização da Eletrobras, são
derrotas certas para o governo e pode gerar desgastes.
“O presidente Lula assumiu o país em situação muito difícil, por isso não deve atirar para todos os lados ao mesmo tempo. Deveria ter foco nas questões mais importantes. A primeira é consolidar a democracia. Foi em nome dela que milhões, que não votariam nele, o fizeram desta vez”, continuou o texto, que recebeu o título de “As lutas de Lula. Que lutas lutar?”.
A jornalista reforçou que as possíveis derrotas de Lula não se devem a um Congresso de ideologia mais liberal e as pautas do presidente serem de esquerda. Ela lembra que muitos parlamentares votaram com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma série de medidas que são contrárias aos princípios liberais e de austeridade.
Ao ex-presidente e seus apoiadores também sobrou algumas críticas ao longo da coluna, exaltando a ação do petista nos atos antidemocráticos. “Lula foi perfeito no momento agudo. No dia 8 de janeiro, ele recusou a GLO que militares golpistas e os bolsonaristas queriam. Fez uma intervenção pontual e precisa na segurança pública do Distrito Federal”, ressaltou.
A ação do governo na crise Yanomami, e a atuação de Silvio Almeida (ministro dos Direitos Humanos), Flávio Dino (ministro da Justiça), e Nísia Trindade (ministra da Saúde), também foram pontos de elogio. Já a possível indicação de Cristiano Zanin para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) também foi ponto de crítica.
