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Estado de Minas ARTICULAÇÃO

Kalil quer Agostinho Patrus como vice, e deputado sinaliza positivamente

Pré-candidato ao governo, ex-prefeito de BH traça estratégias para rodar Minas, mas lida com impasse em torno de candidatura ao Senado e janela partidária


31/03/2022 19:10 - atualizado 31/03/2022 21:26

Alexandre Kalil e Agostinho Patrus durante missa na Catedral Cristo Rei, em BH
Integrante do grupo político de Kalil, deputado Agostinho Patrus (à direita) é o favorito para ocupar o posto de vice-candidato ao governo (foto: Guilherme Bergamini/ALMG)
Pré-candidato ao governo de Minas Gerais, Alexandre Kalil (PSD) deseja ter o presidente da Assembleia Legislativa, Agostinho Patrus (PV), no posto de vice. Pessoas próximas ao ex-prefeito de BH, ouvidos pelo Estado de Minas, afirmam que não houve convite oficial, mas que a parceria com o deputado estadual caminha para acontecer. A interlocutores, o parlamentar sinalizou que vai aceitar a proposta de compor a chapa quando a oferta for formalizada.


Kalil se prepara para uma série de viagens pelo interior a fim de difundir seu nome. A primeira semana dele após renunciar ao posto de prefeito de Belo Horizonte tem sido marcada por conversas com assessores para organizar as agendas longe da capital.

Reuniões políticas também dão o tom dos passos iniciais da campanha de Kalil. Nesta quinta-feira (31/3), ele se encontrou com Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB. A um dia do fim da janela partidária, período que políticos têm para trocar de legenda, a cúpula pessebista tenta movimento para atraí-lo à sigla. Apesar disso, o entorno do ex-prefeito garante que ele vai permanecer no PSD.

Kalil e Agostinho Patrus, o possível candidato a vice, compõem o mesmo grupo político. A relação de absoluta confiança estabelecida entre ambos, segundo apurou a reportagem, motiva a escolha. Ao PSD, o antigo chefe do poder Executivo belo-horizontino avisou que não abre mão de definir o companheiro de chapa.

O PV de Agostinho deve compor uma federação partidária ao lado de PT e PCdoB. Portanto, se a aliança entre Kalil e os verdes se concretizar, será ele o responsável por dar palanque em Minas a Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato petista à presidência da República.

A ideia de uma composição entre Kalil e Agostinho é aventada há cerca de um ano, quando o então prefeito nem sequer falava abertamente sobre a possibilidade de renunciar. Em junho do ano passado, o EM mostrou que os círculos ao redor do prefeito cogitavam a possibilidade.

PT quer apoiar Kalil, mas não abre mão do Senado

A construção da chapa de Kalil passa, também, pelo nome escolhido para a corrida ao Senado Federal. O PSD tem Alexandre Silveira, com mandato no Congresso Nacional após a renúncia de Antonio Anastasia, mas o PT tenta emplacar o deputado federal Reginaldo Lopes. No entorno de Kalil, a percepção é que o pré-candidato ao governo tende a abrigar a candidatura de Silveira – além de senador, presidente do PSD em Minas Gerais.

Do outro lado, no PT, é certo que o partido não pretende abrir mão de tentar o Senado Federal.

"O único pedido do PT é a candidatura ao Senado", diz Reginaldo. "Sou o pré-candidato do presidente Lula e dos mineiros", completa

O PT quer estar com Kalil, mas estuda como vai concretizar a aproximação. Se Kalil resolver, de fato, ter Alexandre Silveira como candidato a senador, a federação à esquerda, liderada pelos petistas, cogita apoiar o ex-prefeito, mas não compor formalmente a coligação. Essa seria uma saída para permitir a manutenção da candidatura de Reginaldo.

No meio deste mês, quando ainda comandava a prefeitura de BH, Kalil teceu elogios a Lula e deu mostras de que está aberto ao diálogo com o ex-presidente.

"Vai ser um prazer conversar com todo mundo, principalmente com o presidente Lula, que está liderando as pesquisas e tem um histórico de uma posição social muito clara", assinalou.

Possível vice coleciona embates com Zema

Agostinho Patrus preside a Assembleia Legislativa desde 2019. No segundo turno da última eleição estadual, anunciou apoio ao governador Romeu Zema (Novo), iminente rival de Kalil, mas a união logo se esvaiu. Desde então, eles têm colecionado embates. O último capítulo da crise entre Legislativo e Executivo ocorreu ontem, quando os deputados estaduais aprovaram texto que garante recomposição salarial de 10.06% a todo o funcionalismo público.

O documento, entretanto, tem gatilhos que asseguram reajuste extra de 14% a profissionais de segurança e saúde, bem como aumento adicional de 33,24% aos educadores. As alterações no projeto irritaram Zema, que prometeu vetar as mudanças. "Qualquer valor acima será vetado pois não temos como pagar. Entre ser responsável com o futuro ou voltar ao desequilíbrio do passado, sigo na primeira".

Agostinho, então, rebateu sem citar o governador. "Ainda há tempo para honrar a palavra. Diferentemente do governo, a Assembleia deu uma manifestação de maturidade para dialogar e buscar o entendimento. Com independência, aprovamos um reajuste justo para o funcionalismo. Saúde, educação e segurança pública não existem sem as pessoas".

 


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