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Estado de Minas JUDICIÁRIO

Indicado por Bolsonaro, ministro do STF vota a favor de Lula

Kássio Nunes vota a favor de manter mensagens hackeadas da Lava-Jato com defesa de Lula; ainda faltam votar Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Luiz Edson Fachin


09/02/2021 16:52 - atualizado 09/02/2021 17:15

O ministro do STF Kassio Nunes Marques (foto: Divulgação / TRF1)
O ministro do STF Kassio Nunes Marques (foto: Divulgação / TRF1)
Em julgamento iniciado nesta terça-feira (9/2), na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Kássio Nunes Marques votou a favor do envio para a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da íntegra das mensagens trocadas entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores da Operação Lava-Jato vazadas por hackers.

Nunes Marques, que foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no lugar de Celso de Mello, que antecipou a aposentadoria, acompanhou o relator Ricardo Lewandowski, que, na semana passada,  autorizou a defesa de Lula a ter acesso ao material apreendido pela operação Spoofing.

Ainda faltam os votos de Gilmar Mendes, presidente da Turma, Cármen Lúcia e Luiz Edson Fachin. 

A investigação mira um grupo de hackers que invadiu celulares e copiou conversas de autoridades - entre elas o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro e procuradores da força-tarefa da Lava-Jato.

Entenda


Nessa segunda-feira, 8, a defesa de Lula enviou ao STF o laudo preliminar de uma nova perícia feita nas mensagens. No documento que acompanha a perícia, a defesa do ex-presidente observa que as mensagens encaminhadas ontem foram selecionadas em razão de sua "relevância".

"Esse novo conjunto de mensagens encontradas reforça que o então juiz Sérgio Moro orientava e era consultado rotineiramente para a prática dos atos de persecução, notadamente em relação ao Reclamante", diz o documento.

A defesa pretende usar as conversas para reforçar as acusações de que Moro agiu com parcialidade e encarou o ex-presidente como "inimigo" ao condená-lo a 9 anos e meio de prisão no caso do triplex do Guarujá. Na outra ponta, ex-juiz e procuradores insistem que o material não foi periciado oficialmente e que a prova não tem validade jurídica por ter sido "obtida por via criminosa".

Na véspera do julgamento, a defesa rebateu os argumentos dos procuradores. Os advogados Cristiano Zanin, Valesca Martins, Maria de Lourdes Lopes e Eliakin Santos argumentam que elementos de prova para comprovar ou reforçar teses defensivas independem da origem.

"De fundo, lícito ou ilícito, o que de fato importa ao Reclamante é que o Estado detém sob sua custódia relevantes elementos de prova que informam as canhestras acusações forjadas perante o juízo universal de Curitiba", diz trecho da manifestação de 15 páginas.

O tema foi pautado pelo presidente da Segunda Turma, ministro Gilmar Mendes, a pedido do próprio Lewandowski, relator. Além dos dois ministros, participam do julgamento os colegas Edson Fachin, Cármen Lúcia e Nunes Marques.

Argumento

A decisão de Lewandowski não deu acesso a Lula a todo o material apreendido na Operação Spoofing - apenas aos trechos que pudessem ter relação com os processos aos quais o petista responde na Lava_Jato.

Os fundamentos usados por Lewandowski para atender o pedido foram atenção aos princípios do contraditório e da ampla defesa. (Com Estadão Conteúdo)


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