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Estado de Minas ELEIÇÕES 2020

Disputa por cargos nas eleições será desafio para o governo

Em pouco mais de uma semana, o início da campanha eleitoral exigirá esforço extra do chefe do Executivo para manter o capital político


24/08/2020 07:20 - atualizado 24/08/2020 08:54

(foto: Sergio Lima / AFP)
(foto: Sergio Lima / AFP)

Nas últimas semanas, a avaliação da gestão do presidente Jair Bolsonaro sofreu uma reviravolta entre os eleitores. O chefe do Executivo, que vinha caindo nas pesquisas de intenções de voto e de avaliações do governo, faz o movimento contrário. Mesmo com o número de mortos e infectados pelo novo coronavírus em altos patamares, a popularidade do presidente sobe entre as classes mais pobres, o que puxa a boa avaliação da gestão.

A base desse movimento está no auxílio emergencial, que tem valor de R$ 600 por pessoa e de até R$ 1,2 mil por família — e colabora com as finanças das famílias em meio à crise. O comportamento do presidente, que passou a evitar polêmicas e ataques contra as instituições, também impulsiona a boa avaliação.

O cenário, contudo, pode mudar rapidamente, avaliam analistas políticos, caso o governo não consiga manter o programa de ajuda financeira e não obtenha o engajamento político de seus aliados nas eleições municipais. Em pouco mais de uma semana, o início da campanha eleitoral exigirá esforço extra do chefe do Executivo para manter o capital político.

Além disso, se o presidente e sua família forem implicados ainda mais nas investigações contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o apoio dos eleitores também poderá ser minado. As eleições deste ano representam importante fator do cenário nacional, definindo a força do governo em escala estadual e municipal.

Medidas populistas tomadas nos governos petistas fizeram com que o partido mantivesse seus nomes no poder por 13 anos. A mesma receita está sendo seguida pela gestão atual. No entanto, com o caixa apertado, o governo Bolsonaro reavalia a proposta de estender o pagamento do auxílio emergencial até dezembro deste ano, reduzindo a remuneração para algo próximo de R$ 250.

A medida estaria segurando os índices de popularidade do presidente e se tornou a principal ferramenta eleitoral para o pleito de 2022. Assim como os governos petistas, Bolsonaro encontrou nos programas de transferência de renda uma estratégia para agradar aos mais pobres e angariar votos. Em razão da pandemia, o repasse, que está na quinta parcela e pode ser a última com o valor atual, ganhou adesão rápida do Congresso, como ocorreu em outros países. No entanto, a descontinuidade do programa, em um cenário de mais de mil mortes e 40 mil novos casos diários, pode representar um revés político para o Executivo.

Atualmente, o governo estuda a criação do programa Renda Brasil, que atenderia às famílias do Bolsa Família e incluiria outros grupos. A intenção é de criar um programa permanente que vai ofuscar projetos dos governos anteriores e que ainda mantém sólida a imagem do PT nas cidades brasileiras. No entanto, o avanço do vírus, aliado a problemas econômicos, que podem se tornar ainda mais graves caso o governo fure o teto de gastos, pode mudar o cenário das próximas eleições gerais. Especialistas apontam que a figura de um médico, como do ex-ministro da Saúde, Luís Henrique Mandetta, pode ganhar força com a tragédia social e humana provocada pela pandemia. E Mandetta parece já ter sua estratégia pronta e já assume que pode ser candidato a presidente ou vice.

O trunfo, até o momento, está no convite ao ex-ministro da Justiça Sérgio Moro para integrar a corrida eleitoral. Ambos tornaram-se opositores ao deixarem o governo em situações tensas.

Um marco na postura do governo foi a demissão do então ministro da Educação, Abraham Weintraub. Defensor ferrenho do presidente, ele deixou o cargo após atacar os magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF) numa reunião realizada no Planalto em 22 de abril deste ano. Para Leopoldo Vieira, analista sênior de política do Traders Club, o presidente pode tentar culpar o parlamento por medidas que desagradem ao eleitor. “Se houver um impasse sobre a continuidade do auxílio, o presidente poderá responsabilizar o Congresso pela interrupção, preservando o apoio conquistado com o benefício. Até porque ainda tem cerca de 15% a 30% de apoio ideológico e não surgiu uma alternativa que o supere como agente renovador do sistema político, ou uma opção que traga apoio unânime da esquerda”, diz.

As eleições municipais são consideradas testes para o pleito geral, que ocorrerá em 2022, com as votações para presidente, governador, deputados e senadores. Neste ano, a escolha de vereadores e prefeitos sofreu alterações diretas em razão da pandemia. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adiou a votação para os dias 15 e 29 de novembro deste ano, o que aproximou ainda mais as escolhas locais das eleições gerais. O debate político de 2020 e seus resultados terão maior impacto na escolha do próximo chefe da nação. A mudança ocorreu em decorrência da pandemia. 

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?


Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

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