
A 74ª Assembleia Mundial da Saúde, que começou na segunda-feira (24/5), reúne os 194 membros da OMS.
O representante dos Estados Unidos, Jeremy Konyndyk, destacou a importância de se ter uma "investigação sólida, completa e dirigida por especialistas sobre as origens da COVID-19".
"É importante que preparemos a fase 2 do estudo das origens para que tenha sucesso", disse Konyndyk.
"O propósito desta investigação não é atribuir responsabilidades, e sim confiar na ciência, para encontrar a origem do vírus e da epidemia, para ajudar a evitar que uma catástrofe global deste tipo volte a acontecer", completou Jeremy Konyndyk.
Outros países, incluindo Austrália, Japão e Portugal, expressaram posições similares.
A primeira fase do estudo aconteceu no início do ano na região de Wuhan, na China - considerada o berço da pandemia -, com uma equipe de especialistas internacionais e cientistas chineses, em um contexto de suspeita de falta de independência a respeito de Pequim.
Em 29 de março, os especialistas concluíram que a transmissão para humanos de um animal intermediário é uma hipótese "muito provável" e afirmaram que um incidente de laboratório, uma tese muito defendida pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, continua sendo "extremamente improvável".
Um dia depois, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que estava disposto a enviar especialistas para investigar a hipótese de vazamento de um laboratório chinês.
A China, que sempre negou esta possibilidade, foi acusada de ter obstruído a missão de investigação, em particular por ter demorado meses até aceitar a presença de cientistas em seu território.
O próprio diretor da OMS criticou a falta de acesso aos dados da China.
O coordenador da delegação de cientistas internacionais, Peter Ben Embarek, declarou que se esforça para solucionar a questão do acesso aos dados na fase 2 do estudo.
Desde então, a OMS não divulgou nenhuma informação sobre o avanço da segunda fase do estudo.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra a COVID-19 estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países.
O sistema de controle tem como objetivo garantir o trânsito de pessoas imunizadas e fomentar o turismo e a economia.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.[VIDEO3]
