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Estado de Minas COVID-19

Vacina brasileira é estrela de mais de 200 estudos contra COVID na UFMG

UFMG integra rede nacional de pesquisadores e, entre mais de duas centenas de pesquisas contra o coronavírus, batalha para ter seu imunizante em 2022


06/06/2021 06:00 - atualizado 06/06/2021 09:23

CT Vacinas é responsável por pesquisas de imunizantes e trabalha em sete fórmulas contra a COVID-19 (foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS)
CT Vacinas é responsável por pesquisas de imunizantes e trabalha em sete fórmulas contra a COVID-19 (foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS)

 

Desde o início da pandemia, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) se mobiliza e integra uma rede de pesquisadores dos ministérios da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Inovações que trabalham no enfrentamento do novo coronavírus. Em várias áreas do conhecimento, da produção de vacinas aos impactos econômicos e sociais, mais de 200 estudos são realizados na universidade em parceria com outras instituições e fundações de fomento.

Em destaque está a vacina Spintec, uma das três em estágio mais avançado no Brasil, que terá o desenvolvimento das fases 1 e 2 dos testes clínicos em adultos saudáveis sem exposição prévia à COVID-19 viabilizados pela Prefeitura de Belo Horizonte.

Essas etapas, que devem ser concluídas até o final deste ano, são requisitos necessários para os ensaios de fase 3, quando é feita a testagem em massa, e finalmente a aprovação da vacina pela Anvisa. Conforme termo assinado no fim do mês passado, a PBH fará o repasse de R$ 30 milhões em parcelas que serão disponibilizadas conforme o desenvolvimento dessas fases, via Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep).

A condução dos estudos da Spintec está a cargo do Centro de Tecnologia em Vacinas (CT Vacinas), sob a coordenação dos professores da UFMG Ricardo Gazzinelli, Ana Paula Fernandes, Santuza Teixeira e Flávio da Fonseca, e conta com a parceria do Ministério da Ciência e Tecnologia e da Fundação Oswaldo Cruz em Minas.

A plataforma tecnológica usada no desenvolvimento da fórmula consiste na combinação de diferentes proteínas para formar uma única, artificial. Esse composto, chamado de “quimera”, é injetado no organismo em duas doses, para induzir a resposta imune. Por não usar exclusivamente a proteína S do vírus, na qual se dá a maioria das mutações, as chances de sucesso desse imunizante no combate às novas variantes são bastante elevadas.

Quando inoculado em camundongos, juntamente com um adjuvante vacinal já testado em humanos, o composto foi capaz de induzir 100% de proteção para a COVID-19. Atualmente estão sendo feitos ensaios de tolerabilidade (para detectar possíveis efeitos colaterais) e imunogenicidade (para confirmar a geração de anticorpos) em primatas.

A expectativa é de que a fase de testes clínicos seja alcançada entre o fim do ano e o ínício de 2022. Com isso, espera-se seguir para a fase 3, de testes em massa, no primeiro semestre do ano que vem. Conforme a professora Ana Paula Fernandes, uma das coordenadoras do CT Vacinas à frente do desenvolvimento da Spintec, o trabalho ainda demandará novos investimentos.

“Ainda não temos recursos disponíveis para a fase clínica 3, mas esperamos consegui-los de diferentes frentes, públicas e privadas. A depender dessas verbas, concluiremos a fase 3 no primeiro semestre do ano que vem para que a vacina esteja em condições de ser produzida e chegar ao braço da população no final de 2022.”

Apoio em pesquisas e UTIs


Os investimentos para fazer frente ao combate à COVID-19 são altos, e os mineiros ocupam lugar de destaque nesse esforço. O presidente da Federação das Indústrias, Flávio Roscoe Nogueira, ressalta: “No país, desde o início da pandemia, Minas, por meio das indústrias, é o estado que mais tem investido em ações comunitárias”.

Representando o setor produtivo, a entidade adquiriu 200 câmaras frias que servirão para o armazenamento de vacinas contra a COVID-19. A entrega simbólica dos equipamentos ao estado ocorreu no último dia 26, na sede da instituição.

Desde o início da pandemia, segundo sua assessoria, a entidade concentrou esforços para mobilizar as indústrias do estado a se unirem em campanhas. Entre elas o apoio a pesquisas para mais opções de vacina, a doação de respiradores mecânicos e leitos de UTI, disponibilização a hospitais de cilindros para oxigênio, além da produção e doação, via Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, de 180 mil litros álcool glicerinado 70%, 1,6 milhão de máscaras cirúrgicas, 12 mil de tecido, 10 mil escudos faciais e 11 mil jalecos.

Nascidos nos câmpus


Em várias áreas do conhecimento, da produção de vacinas aos impactos econômicos e sociais da pandemia, mais de 200 estudos estão sendo realizados na UFMG, desde o ano passado, em parceria com outras instituições e fundações de fomento. Veja alguns:

Desenvolvimento de sete vacinas contra a COVID-19. A Spintec, uma das três em estágio mais avançado no Brasil, é viabilizada em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz

de tecnologia inédita para o diagnóstico da COVID-19 por meio de amostras de urina, mais simples, mais barata e menos invasiva do que exames realizados via coleta de sangue

Desenvolvimento de plataforma portátil para identificar a COVID-19 de forma mais rápida e barata do que os testes atualmente disponíveis. O trabalho do Centro de Tecnologia em Nanoterapia tem  apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig)

Desenvolvimento, em conjunto com a iniciativa privada, do Nanoativ, composto químico de ação antiviral capaz de proteger superfícies contra o novo coronavírus por até 28 dias. Fitas adesivas com o Nanoativ já estão disponíveis no mercado, e o composto químico também pode ser aplicado em loções gel sem álcool, espuma antisséptica e cremes para as mãos

Monitoramento do novo coronavírus no esgoto, que começou em BH, já está em outras cinco capitais brasileiras (Brasília, Recife, Rio de Janeiro, Fortaleza e Curitiba). A pesquisa é desenvolvida em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com apoio da Copasa, Secretaria de Saúde de Minas Gerais e Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam)

Pesquisas sobre impactos na saúde em geral e projeto de telessaúde, sobre saúde mental e interações sociais, e sobre impactos econômicos e sociais

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Guia rápido explica com o que se sabe até agora sobre temas como risco de infecção após a vacinação, eficácia dos imunizantes, efeitos colaterais e o pós-vacina. Depois de vacinado, preciso continuar a usar máscara? Posso pegar COVID-19 mesmo após receber as duas doses da vacina? Posso beber após vacinar? Confira esta e outras perguntas e respostas sobre a COVID-19.

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