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Estado de Minas PANDEMIA

Secretário de Saúde sinaliza risco de colapso do sistema de Divinópolis

Unidades hospitalares públicas e privadas atingiram 100% de ocupação de leitos COVID em alguns setores; onda roxa não é descartada


10/03/2021 18:47 - atualizado 10/03/2021 20:21

Secretário de Saúde de Divinópolis, Alan Rodrigo defende uma ação coordenada entre os municípios da macrorregião Oeste(foto: Pablo Santos/PMD)
Secretário de Saúde de Divinópolis, Alan Rodrigo defende uma ação coordenada entre os municípios da macrorregião Oeste (foto: Pablo Santos/PMD)

Uma das poucas regiões até então controladas em Minas Gerais, a macrorregião Oeste regrediu para a onda vermelha e já sinaliza risco de ir para a fase mais restritiva do programa Minas Consciente: a roxa.

Com taxa de ocupação que chega a 100% em alguns setores exclusivos para COVID-19 nos hospitais de Divinópolis, referência para 52 municípios, o secretário municipal de Saúde, Alan Rodrigo Silva, admitiu, nesta quarta-feira (10/03), que o sistema está a um passo do colapso. 

 

O Centro de Terapia Intensiva (CTI – adulto) para tratamento exclusivo da COVID-19 do Complexo de Saúde São João de Deus está com 100% de ocupação. Todos os 20 leitos disponíveis para o Sistema Único de Saúde (SUS) estão com pacientes na unidade.

No Hospital de Campanha, as 12 vagas na enfermaria estão ocupadas e a taxa de ocupação do CTI está em 68%, restam apenas oito.

 

“Se não houver uma estagnação dos números, com a taxa de positividade aumentando, casos aumentando, e com o agravamento que os casos têm apresentado, a tendência é de colapso”, alertou.

 

Em número gerais, a taxa de ocupação dos 55 leitos de UTI COVID disponíveis pelo SUS no hospital de campanha e no São João de Deus, antes abaixo de 50%, está próxima de 65% nesta quarta-feira (10/03). Mesmo com o número inferior ao de outras macros, o secretário diz que é necessário atentar-se para o quantitativo.

Para ele, a porcentagem gera uma ilusão de conforto. “Se eu falar isso em porcentagem pode gerar uma impressão que a situação está controlada, mas eu estou falando de apenas oito leitos (CTI) disponíveis no Hospital de Campanha. Se você considera que a enfermaria está com 100% de ocupação e a tendência de piora é muito rápida, se eu tiver oito pacientes nas próximas horas que piorarem, eu bato 100% de ocupação”, explica o secretário.
 

Para se ter ideia, Divinópolis chegou a socorrer outras regiões do estado, como a do Triângulo Norte. Em um final de semana, 11 pacientes foram transferidos para o município.

 

Quadro na rede privada de Divinópolis também preocupa

A situação não é diferente na saúde suplementar. O Hospital São Judas está com 100% dos leitos de CTI adulto exclusivos para COVID-19 ocupados. No Santa Mônica, a ocupação total é das vagas disponíveis no CTI Infantil. Os dados são flutuantes e podem mudar a qualquer momento.

A rede privada tem 44 leitos de CTI para o tratamento compatível com a doença e 29 estão ocupadas. Outros dois hospitais também integram a rede suplementar.

 

A preocupação é ainda maior quando analisada a ocupação dos leitos “não COVID”. O CTI para pacientes que não possuem quadro clínico compatível com o novo coronavírus atingiu 100% pelo SUS. Vinte pessoas estavam em enfermarias ou em quartos aguardando vagas. 

“Se os próprios leitos não COVID extrapolaram, se a gente extrapolar do COVID não tem onde abrir”, alertou. Na saúde suplementar, a taxa de ocupação do CTI não COVID está em 109,7%.

 

Abertura de novos leitos

A abertura de novos leitos para o SUS está em negociação com a Secretaria de Estado de Saúde (Ses). “Na reunião com o superintendente, Júlio Barata, manifestamos esse interesse de a gente fazer uma mobilização macrorregional para buscar recursos e abrir mais leitos. O município de Divinópolis também tem trabalhado em uma estratégia paralela para conseguir viabilizar”, disse.

Silva vê a ampliação de vagas como a “melhor solução a curto prazo”.

 

“Não dizendo que não é preciso tomar medidas de isolamento social. Óbvio que são duas frentes da mesma batalha. Mas abrir leitos é a via que mais devemos buscar”, defendeu.

 

O secretário não antecipou em quais unidades haveria a ampliação de leitos. Pelo contrato com a organização social que administra o hospital de campanha, lá não pode haver mais abertura de vagas.

 

Onda roxa

Caso o avanço da doença não seja controlado, o secretário trata o risco da onda roxa como iminente. Embora reconheça a possibilidade, ele defende medidas coordenadas entre os municípios que integram a macrorregião.

“A onda roxa isolada para um município não vai ter um efeito significativo, do ponto de vista de leitos. Teria que ser uma medida macrorregional, teria que partir, realmente, do governo do estado para termos uma garantia de adesão total do isolamento social”, explicou.

Mesmo que isso ocorra, somando a abertura de novos leitos, Silva diz que a situação está longe do ideal.

 

“São duas frentes de batalha. Se uma macrorregião adere à onda roxa e essa mesma macro se organiza para tentar mais leitos, a gente pode ter uma reversão do cenário e voltar a ter um ambiente controlado, mas não confortável, longe disso ainda”, declarou.

 

 

*Amanda Quintiliano especial para o EM

 

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
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