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Estado de Minas

Contra coronavírus, prefeitos querem abrir leitos em hospital com obras paradas

Municípios alegam que, se a situação se agravar, não haverá leitos suficientes para receber pacientes da Região Centro-Oeste


postado em 24/03/2020 19:12 / atualizado em 24/03/2020 19:48

Prefeitos querem que a ala mais avançada do hospital seja utilizada para a implantação dos leitos. (foto: Divulgação/PMD)
Prefeitos querem que a ala mais avançada do hospital seja utilizada para a implantação dos leitos. (foto: Divulgação/PMD)
Prefeitos da Região Centro-Oeste de Minas Gerais querem a liberação de R$ 20 milhões ao estado para a compra de equipamentos necessários para viabilizar a abertura de leitos no Hospital Regional, em Divinópolis. Com 80% das obras concluídas, a construção está paralisada desde 2016. Mesmo assim, eles defendem que uma das alas mais avançadas seja utilizada para receber pacientes com suspeita ou confirmação da COVID-19.

 

Um documento assinado pelos prefeitos será encaminhado nesta quarta-feira (25) ao governador Romeu Zema (Novo). Eles fazem coro ao pedido já oficializado do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Ampliada Oeste (Cis-Urg – Oeste) - o mesmo que gerencia o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), dentro do plano de enfrentamento ao coronavírus do estado. 
 
A ideia é abrir entre 50 a 100 leitos nas alas do bloco cirúrgico e enfermaria, dentre eles de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Estamos colocando a mão de obra do Samu à disposição”, afirmou o presidente do Cis-Urg, o prefeito de Carmo do Cajuru, Edson Vilela (PSB). O consórcio, assim com a própria Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) de Divinópolis, em um primeiro momento, poderia assumir a gestão da unidade.
 
Entretanto, por enquanto, os prefeitos preferem não aprofundar nas questões relacionadas ao gerenciamento e custeio. “Não estamos discutindo gestão e, sim, o que vamos conseguir oferecer de leitos para a nossa região para que a gente não passe por situações como na Itália, em que os médicos, em determinados momentos, precisam definir quem vive e quem morre”, argumento Vilela.
 
Mesmo evitando falar sobre os detalhes, se a gestão ficar para o consórcio deverá haver a divisão das despesas seguindo as respectivas proporcionalidades. Com a autorização para o funcionamento, estado e União também poderão aportar recursos.
 
(foto: Divulgação/PMD)
(foto: Divulgação/PMD)

 

Medidas de precauções

 
A medida, segundo os prefeitos, é uma precaução, caso a situação se agrave ainda mais. “Se a situação se agravar, não haverá leitos para atender toda essa população da macro e microrregião. No caso de Cláudio, não tem nem CTI”, disse o presidente do Consórcio Intermunicipal do Vale do Itapecerica (Cisvi) e prefeito de Cláudio, José Rodrigues Barros (PRTB).
 
O prefeito de Divinópolis, Galileu Machado (MDB), lidera o movimento em tom de socorro: “Queríamos pedir ao secretário que entendesse a nossa situação de desespero, para deixar o local todo equipado para atender, se for o caso, as pessoas. Estamos passando por momentos difíceis sem saber o que fazer”.
 

Prefeitos descartam hospital de campanha

 
Na sexta-feira (20), o prefeito de Divinópolis afirmou ter recebido a primeira negativa do Estado. Mesmo assim, os políticos não vislumbram alternativa e descartam usar outro local para montar hospital de campanha. “Por que gastar, se já temos uma estrutura pronta? Vamos usar esses recursos para comprar equipamentos, insumos, para colocar a ala para funcionar”, argumentou o prefeito de Carmo do Cajuru, Edson Vilela.
 
Uma saída seria mobilizar o empresariado da região. "Há empresários fortes que estão sensibilizados. Se fizermos uma campanha juntamente com esses empresários, tenho certeza que a gente consegue alavancar um volume expressivo de dinheiro para investir nessa estrutura”, prevê Vilela. Outra opção é a possibilidade de abertura de 30 a 40 leitos no Complexo de Saúde São João de Deus, mas ainda há dúvida sobre a capacidade de estrutura física.
 
Já a viabilização do hospital regional, segundo o prefeito Machado, de Divinópolis, resultaria, após o enfrentamento da crise, em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) nível três para atender a região até que a obra seja 100% concluída.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que “monitora 24 horas por dia a situação do coronavírus. Disse ainda que “estuda todas as possibilidades viáveis para a abertura de leitos nos municípios mineiros, sempre em parceria com o Ministério da Saúde. Diversos fatores são levados em consideração. No momento oportuno, as definições serão comunicadas à sociedade”.
 
O Hospital Regional de Divinópolis tem uma área com 54 mil metros quadrados de terreno, 16 mil de área médica. A estrutura deverá atender 500 mil pessoas. Na primeira fase estão previstos 210 leitos para cirurgias, internações e pronto atendimento, sendo 30 para o Centro de Terapia Intensiva (CTI) adulto e 20 para o infantil.

 
(*Amanda Quintiliano especial para o EM)
 

O que é o coronavírus?

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

Como a COVID-19 é transmitida?

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia


Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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