A MRV Engenharia e Participações S.A, maior construtora residencial da América Latina, anunciou, nesta quarta-feira (12/08), os resultados do primeiro trimestre de 2021. O lucro líquido alcançou R$ 137 milhões no trimestre, o que representa um crescimento de 30,9% no comparativo com os primeiros três meses de 2020.
E o lucro só não foi maior por conta dos novos negócios do grupo que estão em fase de crescimento. Ricardo Paixão, diretor-executivo financeiro e de relações com investidores da MRV&Co, conta que apenas a operação de incorporação no Brasil conseguiu lucrar R$ 146 milhões.
“A gente não deve ver esse resultado sempre. Quando realizamos vendas das propriedades, o lucro vira super positivo.”
O balanço também destaca o maior volume de lançamentos da história da construtora em um primeiro trimestre, totalizando R$ 1,7 bilhão em valor geral de vendas (VGV), sendo 9.996 unidades, o equivalente a um aumento de 58% frente ao mesmo período do ano passado.
A companhia fechou o trimestre com total de 10.552 unidades repassadas.
Ricardo Paixão destaca que a estratégia de diversificação adotada pela empresa busca não depender totalmente das vendas por FGTS. Com relação ao comportamento do consumidor, ele reforça o discurso adotado durante a pandemia.
“A gente percebe o movimento que vem se consolidando das pessoas dando mais importância à casa própria, há esse senso de urgência de ter a casa própria e isso acaba se concretizando nos nossos números. Conseguimos fazer venda em patamares superiores aos de antes da pandemia, uma tendência que deve ficar”, acredita o diretor.
Esse também foi o segundo melhor primeiro trimestre da história da companhia em termos de vendas líquidas, com 9.714 unidades que respondem a R$ 1,6 bilhão.
Há ainda uma evolução da implementação das vendas garantidas, que já atingiram 65% das vendas no primeiro trimestre.
Fora do Brasil
Em janeiro de 2020, a MRV&Co expandiu sua operação para o mercado norte-americano com a aquisição da AHS Residential. A companhia é focada no desenvolvimento de empreendimentos para a locação residencial e posterior venda para um fundo de investimentos (REIT).
O recente balanço mostra que a AHS segue expandindo suas operações nos Estados Unidos e já conta com terrenos nos estados do Texas, Georgia e Flórida, dentro do plano de construir 5 mil unidades ao ano a partir de 2025.
“Os empreendimentos dela estão mais prontos, estabilizados e em fase de estabilização. Nos próximos trimestres isso deve virar resultado. Já estamos conseguindo ver a operação amadurecendo cada vez mais”, sinaliza Ricardo Paixão.
Houve um avanço expressivo na operação da AHS, que alcançou R$ 1,65 bilhão em VGV de Propriedades para investimento (PPI) em Locação, um aumento de 39,5% frente ao último trimestre de 2020 e de 33,2% no comparativo com o primeiro trimestre do ano passado.