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Estado de Minas PANDEMIA

Pesquisa constata que 90% dos comerciantes de BH amargam prejuízo

O Sindilojas-BH divulgou uma pesquisa com os resultados do comércio em 2020, que reflete os resultados da crise sanitária


07/01/2021 10:09 - atualizado 07/01/2021 10:40

Fachada de lojas em Belo Horizonte(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Fachada de lojas em Belo Horizonte (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
O ano de 2020 deixou muitas sequelas no setor da economia em Belo Horizonte, assim como no mundo todo. Com a pandemia do novo coronavírus, a prefeitura decretou fechamento do comércio várias vezes para frear a disseminação do vírus e o reflexo nas vendas foi imediato: pesquisa realizada pelo Sindicato de Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas-BH)  aponta que mais de 90% do comércio da capital teve resultado negativo em 2020.

Os comerciantes responderam como foram as vendas, comparado ao ano de 2019. Os resultados apontaram que 90% das empresas diminuíram as vendas e, entre estas, 53% tiveram queda entre 21% a 50%. Apenas 10% tiveram crescimento neste período.

Em relação a dezembro, época do natal, que as vendas normalmente aumentam, 85% das empresas diminuíram as vendas, entre elas, 58% tiveram queda entre 21% a 50%. Apenas 15% cresceram as vendas neste mês.

Apesar disso, a pesquisa também apontou que a expectativa da maioria dos comerciantes para 2021 é de que o faturamento cresça. 

Foram 107 empresas participantes da pesquisa, que representam 535 lojas de 10 segmentos pesquisados: vestuário; papelaria e livraria; móveis e decorações; cama, mesa e banho; óticas; joias e semijoias; calçados e acessórios; perfumaria e cosméticos; eletrodomésticos e eletrônicos; Brinquedos. A pesquisa foi feita pelo WhatsApp e e-mail Marketing entre os dias 30 de dezembro de 2020 a 04 de janeiro de 2021.

Novo decreto

E 2021 já iniciou com uma nova determinação do prefeito Alexandre Kalil (PSD) nessa quarta-feira (06/01), já antecipando um novo fechamento. O Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus definiu que BH passará a ter apenas os serviços essenciais em funcionamento a partir da semana que vem. A medida foi tomada para frear a expansão da doença, que, nos últimos dias, atingiu proporções preocupantes.

A PBH divulgou também a taxa de leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que indica 86,1% da ocupação total, que significa classificação vermelha. E, por isso, seguirão abertos apenas os setores como supermercados, padarias, mercearias, farmácias, açougues, instituições financeiras, hotéis e similares, serviços automotores e depósitos de construção civil. A prefeitura divulgará decreto nesta sexta-feira (07/01) para informar os horários de funcionamento dos itens essenciais. 

Resposta do Sindicato

Em resposta ao fechamento anunciado pela Prefeitura de Belo Horizonte nesta quarta-feira (06/01), o presidente do Sindilojas-BH, Nadim Donato, pronunciou sobre o assunto e negou que o comércio esteja aumentando a transmissão do vírus. “Semana a semana nós estamos negociando com a prefeitura o não fechamento do comércio. O comércio não está aumentando a transmissão do vírus. Nós estamos perdendo esta batalha para os números que cada dia piora em BH”, afirmou.

Ele ainda explicou que a situação dos comerciantes está muito difícil. “Precisamos que a prefeitura entenda que nós não podemos fechar mais, não temos condições,  não tem ajuda federal, não tem dinheiro, não temos mais vendas suficientes para manter 10, 15, 20 ou 30 dias o comércio fechado”, disse. “O Sindilojas estará a partir desta quinta-feira (07/01) negociando com a prefeitura a abertura ou uma redução de horário para que possamos ter um plano diferente, algo novo para que possamos continuar abertos”, concluiu.

Soluções sugeridas

A pesquisa também pediu aos comerciantes que sugerissem como os governos federal, estadual e municipal deveriam ajudar na recuperação do setor este ano.

Em nível federal, eles pedem a reedição da legislação que permite a suspensão do contrato de trabalho e a redução de carga horária. Além disso, o auxílio emergencial foi um fator que contribuiu para a economia continuar girando.

Já em âmbito estadual, apontaram que o governo de Minas deva investir em capital de giro para os empresários: auxiliar com empréstimos a juros baixos e prazo maior.

E no municipal, foi sugerido que a PBH isente os empresários do pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) referente aos meses que as lojas ficaram fechadas. 
 
*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira


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