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Estado de Minas

MRV foca na demanda reprimida no país

Venda recorde de R$ 1,24 bilhão no 1º trimestre sobre 2017 e ganho financeiro impulsionam planos da MRV para 2018


postado em 08/05/2018 08:00 / atualizado em 08/05/2018 08:26


Com reforço de caixa, ganhos de receita e lucro obtidos no primeiro trimestre do ano, frente ao mesmo período de 2017, a MRV Engenharia, maior incorporadora brasileira do segmento de imóveis residenciais de baixa renda, traça um 2018 melhor, tanto em termos de demanda pela casa própria, quanto de resultados, a despeito das indefinições no campo da política e das eleições. A companhia divulgou ontem ter apurado lucro líquido de R$ 160 milhões de janeiro a março, representando aumento de 22,3% na comparação com idêntico trimestre do ano passado, e queda de 11,3% ante o balanço de outubro a dezembro de 2017.

Pelo 23º trimestre, a empresa teve geração de caixa, que atingiu R$ 86 bilhões, elevação de 21% perante o primeiro trimestre do ano passado. Ao comentar o desempenho da MRV, o diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores (RI), Leonardo Corrêa, minimizou os efeitos da incerteza política, ao destacar que o cenário da economia melhorou, tendo em vista perspectivas de crescimento do país, criação de empregos e geração de renda.

“A questão é não olhar para a política. Temos de pensar no nosso consumidor e focar nesse ponto. São pessoas com renda mais restrita, mas que têm necessidades que precisam ser resolvidas independentemente do cenário político”, afirmou o executivo. Amparam o quadro mais positivo  a expectativa de crescimento da economia de 3%, pelas estimativas do governo, e um nível melhor de confiança do consumidor, além da inflação “claramente” mais baixa.

A estratégia de atuação da empresa, neste ano, direciona esforços para as capitais e entorno, onde tem uma série de empreendimentos em andamento para ser lançados. A meta é lançar 50 mil imóveis em 2018, com maior concentração no segundo semestre, segundo Leonardo Corrêa. Do ponto de vista da distribuição deles, a companhia mira em especial o Centro-Oeste, devido ao aquecimento da economia esperado em decorrência da expansão do agronegócio em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Na Grande BH, ainda de acordo com o diretor de finanças e RI da construtora, há um foco mais dirigido a empreendimentos em Contagem, Betim e Vespasiano. A rigor, os lançamentos devem começar a retomar agora, tendo em vista que houve retração nesse indicador ao longo do primeiro trimestre, quando 5.440 unidades foram lançadas. Houve queda de 35,1% ante janeiro a março de 2017 e de 56%, frente ao último trimestre de 2017.

Leonardo Corrêa observou que a redução dos lançamentos reflete  atraso na liberação de empreendimentos em algumas cidades. A comparação com o quarto trimestre, ainda de acordo com o diretor da MRV, torna-se desvantajosa em razão de efeitos sazonais, como o carnaval no começo do ano.

Terrenos

O relatório da companhia sobre a performance do primeiro trimestre de 2018 destaca recorde de vendas líquidas (descontados os distratos), que subiram 17,5% na comparação com janeiro a março do ano passado, ao somarem R$ 1,24 bilhão. A receita operacional líquida atingiu R$ 1,23 bilhão, representando aumento de 21% na análise anual dos resultados. O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciações, – o chamado Ebitda, na sigla em inglês – alcançou R$ 229 milhões de janeiro a março, cifra 44,1% superior a de igual período de 2017.

Trabalhando com resultados positivos que se descolaram da dificuldade de reação à crise do setor da construção, Leonardo Corrêa disse que a empresa é uma das companhias “que se atentaram para alguns nichos de mercado e souberam explorá-los”. Para o diretor de finanças da MRV, o balanço é consequência da política definida em 2016 de continuar investindo no atendimento à demanda reprimida pela casa própria no Brasil, apesar do desaquecimento da economia. A atual situação do banco de terrenos da construtora, na avaliação de Leonardo Corrêa, retrata bem o acerto dessa política, tendo em vista o confortável nível de R$ 45,9 bilhões desses ativos. Houve crescimento de 10,8% em relação a um ano atrás.


"A questão é não olhar para a política. Temos de pensar no nosso consumidor e focar nesse ponto”
. Leonardo Corrêa,

diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da MRV

 


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