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Estado de Minas SAÚDE DOS OSSOS

Abril Amarelo alerta para o diagnóstico precoce do câncer ósseo

Apesar de ser um tumor raro, sintomas são semelhantes a outras patologias ortopédicas


11/04/2022 14:52 - atualizado 11/04/2022 15:22

Médico apontando para uma imagem no computador
Dor persistente é um dos sinais de alerta para a doença (foto: Pexels/Divulgação )

Abril é o mês de conscientização do câncer ósseo - Abril Amarelo, um alerta necessário para o diagnóstico precoce de uma doença que costuma se manifestar de forma silenciosa nos ossos dos braços e coxas, coluna e bacia. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cancerologia, o tumor ósseo representa 2% de todos os cânceres no Brasil, sendo o mieloma múltiplo o mais incidente em pessoas acima de 50 anos, e o osteossarcoma o mais comum em crianças e adolescentes.

 

Leia também: CTNBio aprova nova terapia voltada para tratamento de mieloma múltiplo  

 

Embora seja raro, seus sintomas são semelhantes a outras patologias ortopédicas, o que pode confundir o paciente e atrasar a procura prévia por ajuda médica. Por isso, é muito importante ficar atento aos sinais e buscar um médico que saberá identificar se as principais causas dos sintomas correspondem ou não a um câncer ósseo, pois em caso positivo o tratamento precoce aumentará as chances de cura.

 

"Uma dor que não melhora com o uso de analgésicos ou com anti-inflamatórios, ou que aumenta de intensidade, ou seja, vai ficando cada vez mais forte, apesar do uso de medicações; um inchaço na região que vai progredindo; presença de caroço nos músculos dos braços, das pernas, independentemente da presença de dor ou não, são os principais sintomas dos tumores, por isso é muito importante procurar um médico", esclarece o ortopedista oncológico do Hospital Vila da Serra, Rodrigo Gandra.

 

Segundo Rodrigo Gandra, os tumores ósseos se dividem em primários, aqueles que se originam nos ossos, e secundários, que são as metástases, tumores de outra região que vão para os ossos. "Os tumores primários podem ser benignos ou malignos, mas para este segundo caso volto a repetir, se for tratado de forma adequada e em sua fase inicial, as chances de cura são altas. Portanto, muita atenção a qualquer indício, principalmente quando há dor", reitera o ortopedista oncológico.

 

Tumores são estruturas geradas a partir do crescimento anormal de células. Tumores benignos são aqueles que não são cancerígenos, mas ainda podem ser perigosos e comprometer a saúde dos ossos. Já os tumores malignos, podem afetar qualquer osso do corpo e se multiplicar mais rapidamente - provocando as metástases. São considerados relativamente raros se comparados a outros tipos de câncer como o de mama, de próstata e do colorretal.

 

Os tipos

 

A classificação dos tumores ósseos é diversificada e leva em conta os tecidos produzidos pelos tumores. Entre os mais comuns estão: 

 

  • Osteossarcoma: tipo mais comum de tumor ósseo maligno primário e atinge com mais frequência crianças, adolescentes e jovens adultos. Normalmente ocorre em ossos longos, como o fêmur, ossos do braço e da pelve.
  • Condossarcoma: principal tecido desse tipo é formado por cartilagem. Acomete principalmente adultos com mais de 30 anos, principalmente mulheres, e aparece com mais frequência em ossos longos e da pelve.
  • Tumor de Ewing (Sarcoma de Ewing): o segundo tipo de tumor ósseo maligno mais comum e atinge mais comumente crianças. Qualquer osso pode ser acometido por esse tipo de câncer, mas é mais comum aparecer na região do fêmur e pelve.

  

De acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), a causa do câncer primário do osso não está totalmente esclarecida pelos pesquisadores e especialistas na doença. Diferentes tipos de tumores primários dos ossos podem acometer crianças, jovens, enquanto outros estão diretamente ligados ao envelhecimento do corpo. A genética, por sua vez, pode ser um fator de risco para o desenvolvimento desses tipos de tumores e algumas situações ou lesões podem aumentar o risco de desenvolvimento dos cânceres ósseos.

 

* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.  


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