mulher de costas com imagem focando na coluna cervical

Dia 07 de maio é destacado como o Dia Mundial de Conscientização da Espondilite Anquilosante

Serhii G. /Pixabay
Dia 07 de maio é destacado como o Dia Mundial de Conscientização da Espondilite Anquilosante, doença que se caracteriza pela inflamação da coluna vertebral, sobretudo a coluna lombar e articulações sacrilíacas, e tem como principal sintoma a dor nas costas. É comum os primeiros sintomas serem vistos como consequência das atividades do dia a dia ou serem confundidos com outras doenças. Porém, com o tempo, as constantes dores nas costas e a diminuição da mobilidade por conta da fusão óssea chamada de anquilose, acabam gerando grandes impactos na vida dos pacientes, prejudicando a execução de atividades da vida diária, incapacidade para o trabalho e comprometimento da qualidade de vida. Daí a importância de conhecer a doença: a informação correta leva ao reconhecimento dos primeiros sintomas, permitindo diagnóstico precoce, tratamento adequado e mais bem-estar ao paciente.

Considerando que a dor nas costas é muito frequente em nosso dia a dia, é importante diferenciar a dor de um paciente com espondilite daquela por sobrecarga após determinado esforço. “Um aspecto interessante que pode servir como sinal de alerta é a presença da dor que piora à noite ou no início da manhã e que melhora com os exercícios e pode vir associada à rigidez matinal com mais de 30 minutos de duração”, afirma Marcelo Pinheiro, reumatologista da Unifesp. Outros sintomas que os pacientes podem apresentar são queixas visuais (dor, vermelhidão e turvação visual, que se chama de uveíte), intestinais (diarreia e dor abdominal, por exemplo, ou colite) e de pele (psoríase).

O atraso para chegar ao especialista faz com que o diagnóstico e o início do tratamento aconteçam tardiamente, tornando a jornada dessas pessoas ainda mais desafiadora. “É importante identificar precocemente a doença, fazer o acompanhamento médico e colocar à sua disposição tratamentos inovadores que vão ajudá-lo a conquistar mais qualidade de vida”, declara o reumatologista. 

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Papel do especialista e os principais sinais da EA

 
Visto por alguns como “médicos dos idosos”, os reumatologistas são profissionais especialistas em doenças dos ossos e articulações ou do aparelho locomotor, bem como de doenças inflamatórias e autoimunes em pessoas de todas as idades e estão preparados para entender e reconhecer a ampla gama de sinais e sintomas presentes nos pacientes de espondilite anquilosante.

O detalhamento das informações trazidas pelos pacientes é de grande importância para o raciocínio médico, então uma sugestão do especialista é que se faça um diário com os sintomas e fenômenos clínicos associados para ajudar na identificação precoce da doença. “Apesar de cada paciente ter a sua própria experiência, os sintomas mais comuns são dores na coluna que por vezes irradiam para as nádegas, pioram com o repouso e melhoram com movimento, podendo inclusive despertar o indivíduo do sono. O quadro geralmente surge lentamente, persiste por mais de 3 meses e pode vir acompanhado de dores e inchaços em articulações como joelhos, pés e tornozelos, mais intensas ao se levantar pela manhã”, afirma o especialista.

Diagnóstico

O diagnóstico da espondilite anquilosante é feito a partir da identificação de um conjunto de sinais e sintomas com o auxílio de exames de imagem (radiografia e ressonância magnética) e também exames laboratoriais que auxiliam na investigação diagnóstica, como o HLA-B27.

Tratamento adequado e qualidade de vida

“A ameaça de perder a independência física e motora recai sobre uma faixa da população que costuma estar no auge da vida produtiva e social. Muito frequentemente esses pacientes apresentam transtornos de ansiedade e depressão, podendo se isolar por causa da dor e incapacidade de fazer tarefas habituais”, diz  Marcelo Pinheiro. 

Para o alívio e controle total da dor existem tratamentos cada vez mais inovadores que trazem mais qualidade de vida para o paciente. Eles são determinados de acordo com a fase da doença e podem variar desde o uso de anti-inflamatórios e a prática de atividades físicas, já que os sintomas da doença podem melhorar com exercícios, até a terapia imunobiológica, um dos tratamentos mais inovadores disponíveis hoje. Após análise e diagnóstico, o reumatologista será capaz de prescrever o tratamento mais adequado para o paciente.

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