Por Ricardo Kertzman
Conheço muito pouco (pessoalmente falando), ou quase nada, nosso querido Chico Bento, governador reeleito em primeiro turno em Minas Gerais. Eu o vi algumas vezes em ocasiões sociais e brevíssimas conversas, e só. Adoraria, um dia, uma prosa tipicamente mineira com ele, regada a um bão cafezin com pão de queijo.
Conheço muito pouco (pessoalmente falando), ou quase nada, nosso querido Chico Bento, governador reeleito em primeiro turno em Minas Gerais. Eu o vi algumas vezes em ocasiões sociais e brevíssimas conversas, e só. Adoraria, um dia, uma prosa tipicamente mineira com ele, regada a um bão cafezin com pão de queijo.
Não só admiro muito sua trajetória empresarial como tiro o chapéu para o trabalho hercúleo de recuperação do estado que vem fazendo. Nesta nova jornada, então, ao lado de outra figura por quem tenho enorme respeito e consideração, o vice-governador eleito Mateus Simões, é que tenho absoluta certeza - muito mais do que esperança - de sucesso.
E é justamente por todo esse carinho e admiração que escrevo este texto, e que rogo para que Romeu Zema, a despeito das alianças políticas necessárias e da convergência de ideias e ideais que possui (e eu também), não se aproxime mais do que o necessário de Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto. Por favor, governador!!
Eu faço este apelo muito à vontade, sem correr o risco de ser chamado de petista, comunista ou, na esteira do bolsonarismo extremo, de satã. A um porque sou, como cunhou o próprio governador, ptfóbico (genial o termo, hehe). A dois porque já declarei inúmeras vezes, e repito!, não votaria no meliante de São Bernardo nem sob tortura.
O que não quero é ver Romeu Zema confundido com alguém, já que citei tortura, que considera herói nacional um tortutador cruel (Brilhante Ustra). Ou que prefere um filho morto a um filho gay. Ou ainda, que lamenta o não extermínio de nossos índios ou considera um quilombola gado de corte, que não serve nem para procriar. Meu Deus!!
Não combina com nosso jeito mineiro de ser, acolhedor, tolerante, político, desejar aniquilar a oposição, alterar a formação do Supremo (para controlá-lo) e acreditar no tal artigo 142 da Constituição como “autorizador” de um golpe militar. Até porque, dadas estas premissas defendidas pelo presidente, o que restaria aos demais políticos do País?
Imagino, aqui, o dano à imagem de Zema um ataque feroz como o que Bolsonaro proferiu semana passada, às portas do Palácio do Planalto, quando chamou o ministro Alexandre de Moraes (o Xerife Xandão) de criminoso, e o chefão petista do Mensalão e Petrolão, Lula da Silva, de pinguço. Madre Teresa sairia manchada em um episódio assim.
Eu não sou ninguém para dar conselhos ao governador. Sou apenas um palpiteiro da cena cotidiana. Mas sou, como disse e repito, um admirador do Chico Bento. E nem toda minha repulsa à cleptocracia lulopetista, que, sim, destruiu Minas Gerais e o Brasil, me moveria na direção de um apoio tão próximo assim ao patriarca do clã das rachadinhas e das mansões milionárias, compradas com panetones de chocolate e muito dinheiro vivo.