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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Seleção Brasileira medíocre e medonha!

Nossa seleção é das piores da história, sem padrão de jogo, sem qualidade, sem drible, tabela, sem arte


08/10/2021 10:46 - atualizado 08/10/2021 11:08

Gabigol comemora com Tite gol contra Venezuela pelas eliminatórias da Copa do Catar
Gabigol e Tite (foto: YURI CORTEZ / AFP)


No momento em que os clubes mais precisam de seus jogadores, a medíocre seleção de Tite os desfalca, sem dó, nem piedade, para 3 jogos que não valem absolutamente nada, haja vista que o Brasil está garantido, matematicamente, na Copa do Catar, com 27 pontos, conquistados em 9 jogos, com 9 vitórias.

Muitos dirão: “que campanha fabulosa, o time deve estar jogando o fino da bola”. Balela! Nossa seleção é das piores da história, sem padrão de jogo, sem qualidade, sem drible, tabela, sem arte. O problema é que os adversários, da América do Sul, são mais medonhos que o nosso time, daí a explicação para a campanha 100%.

Houve uma época em que fui fã de Tite e defendi sua contratação pela CBF. Lembro-me que Marco Polo Del Nero era o presidente, quando demitiu Dunga, após a eliminação na Copa América, disputada nos Estados Unidos, em derrota para o Peru, liguei para o dirigente e disse que era a hora e a vez de Tite, por tudo o que ele havia feito no Corinthians, onde foi campeoníssimo. Era o melhor técnico em atividade no país, e a contratação era mais do que justa. De lá para cá 6 anos se passaram e o nosso futebol,  com Tite , só involuiu, tornou-se pobre e feio.

Da eliminação para a Bélgica, na Copa de 2018, na Rússia, para cá, não conseguimos formar um time decente, que empolgue o torcedor ou que o faça se reaproximar da seleção. O que temos visto são as repetitivas convocações de Fernandinho, Paulinho, Renato Augusto, Fágner, Thiago Silva e outros que fazem parte da confraria de Tite. Certa vez, conversando com o tetracampeão do mundo Carlos Alberto Parreira, ele me disse que todo treinador deveria ter sua seleção pronta um ano antes da Copa do Mundo. Estamos a um ano da Copa do Catar e a Seleção Brasileira é um bando, sem organização tática, sem qualidade, sem um maestro.

Neymar  deveria ser essa referência, mas, ele está preocupado com festas, baladas, redes sociais e secadores de cabelo. Perde espaço a cada jogo, a cada atuação apagada, inclusive, contra adversários de qualidade duvidosa. Não temos um bom lateral-direito, zagueiros, lateral-esquerdo, um volante com criatividade, um atacante como Romero Lukaku, Benzema ou Mbappé. O que temos e conhecemos são jogadores que fazem enorme sucesso no Brasil, e que fracassaram na Europa, exemplo nítido, Gabigol, que em um ano de Inter, de Milão, e Benfica, foi reserva e marcou um gol. No Flamengo, reina absoluto, manda e desmanda, faz beicinho quando é substituído.

Esse é o futebol brasileiro, que paga salários irreais a qualquer jogadorzinho. Tite convoca gente que o torcedor nunca ouvir falar. Reservas de clubes, como Gabriel Jesus, há 4 anos na reserva do City, ou fracassados em seleção, como Thiago Silva, Daniel Alves, Fernandinho, Paulinho e outras aberrações. Os empresários de jogadores se deliciam quando veem que seus atletas foram convocados. A certeza de uma grande negociação lhes enche os olhos. Dizem os torcedores que é “seleção de empresários”. Como não posso provar o favorecimento a A e B, prefiro achar que o técnico é fraco mesmo, ao convocar tanta gente ruim.

O discurso prolixo, as desculpas, o afastamento dos jogadores da imprensa, as saídas de aeroportos e hotéis, pelos fundos, e o péssimo futebol, afastaram o torcedor da Seleção. Ninguém suporta ouvir 2 minutos de uma coletiva do treinador. Ninguém suporta olhar para a cara de Neymar e cia, fones gigantescos no ouvido, ignorando tudo e todos. Uma seleção com futebol pífio e muita marra! Coadjuvantes em suas equipes - Neymar é o grande exemplo disso -, são considerados “astros” no time brasileiro. Não pode mesmo dar certo assim!

Fico triste, pois cubro a Seleção Brasileira desde 1986, quando o saudoso e genial, Telê Santana, comandava craques como Cerezo, Éder, Zico, Falcão, Júnior, Sócrates, Leandro, e por aí afora. Convivi com grandes treinadores e jogadores, que eram nossos amigos, que nos respeitavam, que não viviam de fofocas, nem de redes sociais - na época nem havia isso. Criticávamos e elogiávamos no mesmo tom. Viajávamos no mesmo avião que eles, e tínhamos um convívio diário. Claro que alguns ficavam chateados com as críticas, mas conversavam conosco e nos deixavam argumentar.

Certa vez, Roberto Carlos, um dos maiores laterais-esquerdos da história, me questionou sobre uma crítica pesada que fiz sobre ele. Me chamou para uma conversa, expliquei meus motivos, e ele, educadamente, entendeu, e prometeu que melhoraria. Hoje é um dos melhores amigos que fiz no futebol. Nos falamos sempre, já fiquei hospedado em sua casa, em Madri, assim como na casa de Ronaldo Fenômeno, e seguimos amigos. Podemos divergir em pontos de vista, mas o respeito é o carro-chefe.

Hoje, não temos vontade de conviver com essa geração nutella. Além de mascarados e viverem no mundo da ilusão - rede social não é a vida real -, não jogam nada, e a maioria não tem discernimento de certo e errado. Tem gente que diz que jornalista não pode ser amigo de jogador, treinador, dirigente. Discordo completamente. Sempre fui amigo da maioria, assim como os grandes Antônio Maria (O Globo), o saudoso Oldemário Touguinhó (JB) e tantos outros grandes repórteres, que sempre tiveram excepcional relação com jogadores, técnico e dirigentes, mas sempre deram furos, trabalhavam com retidão e isenção.

Carrego na minha carreira, além dos prêmios por reportagens investigativas, amizades eternas com Zico, Júnior, Reinaldo, Cerezo, Éder, Romário, Ronaldo, Bebeto, Ronaldinho Gaúcho e tantas outras feras, que nos encantaram e valorizaram a camisa amarela. Já os critiquei, já me criticaram, mas, ficou o respeito e a verdade. Esses caras estão na história gloriosa da nossa seleção.

Já Neymar, Thiago Silva, Daniel Alves, Fernandinho, Davi Luís e tantos outros fazem parte do maior vexame da Seleção Brasileira, os 7 a 1 impiedosos da Alemanha, em pleno Mineirão, semifinal da Copa do Mundo do Brasil. Querem vergonha maior? Eu não conheço!

Enfim, como diz meu amigo Paulo César Vasconcelos, outro grande craque do jornalismo, que foi editor do JB por décadas, “é o que temos para o momento”! Uma geração fracassada, metida a besta, que joga pouca bola e fala muito nas redes sociais, festas e baladas. Não que os jogadores do passado não faziam isso. Sim, eram baladeiros, mas, em campo resolviam o problema com arte, drible, tabelas, gols e títulos. Sem mais! 

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