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Vai viajar? Veja como evitar problemas de circulação

Ficar muito tempo sentado durante o trajeto dificulta o transporte de sangue venoso até o coração; cirurgiã vascular lista sete cuidados para evitar a doença

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O número de brasileiros que sofrem com trombose chegou a 36 mil no primeiro trimestre de 2025, segundo o Ministério da Saúde. São pacientes que conhecem bem os sintomas: vermelhidão, calor e rigidez muscular na região panturrilha são apenas alguns dos desconfortos nos momentos críticos.

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A sensação que os pacientes relatam não é de uma dor forte e ininterrupta, mas algo que está presente no corpo e que, vez ou outra, resolve se manifestar em diferentes níveis.

“Ficar muito tempo sentado, na mesma posição, como em voos e viagens de carro e ônibus é um gatilho para o surgimento das dores mais intensas. Quem for à praia, por exemplo, também deve ficar atento à superexposição ao sol, porque o calor faz dilatar os vasos sanguíneos, causando inchaço e retenção de líquido”, explica Camila Caetano, cirurgiã vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).

A médica explica que a falta de flexibilidade das pernas, principalmente durante o voo, que oferece um espaço menor entre as cadeiras, pode causar mais dificuldade no transporte de sangue venoso – aquele rico em CO2 e pobre em oxigênio – até o coração. Para minimizar o risco de uma crise, seja durante um trajeto, na praia ou na piscina, Camila recomenda seguir algumas orientações prévias:

1. Faça pequenas caminhadas

Fazer pequenas caminhadas durante a viagem é uma forma de dispersar as chances de reter a circulação do sangue nas pernas, aumentando o risco de formação de coágulos – justamente o que caracteriza a trombose.

Busque se adaptar ao ritmo de cada meio de transporte: no avião e no trem, caminhe pelo corredor. Aproveite as paradas de ônibus para descer e “esticar as pernas”. Se a viagem for de carro, fica mais fácil. O ideal é fazer pequenos intervalos para descer e caminhar por alguns minutos.

2. Mantenha a hidratação em dia

“Beber água é importante, porque reduz a viscosidade do sangue. Quanto mais espesso ele estiver, maior o risco de provocar um coágulo”, explica Camila. Por isso, segundo ela, as caminhadas e a hidratação são rituais obrigatórios para se evitar a trombose.

3. Faça pequenos movimentos

Além da caminhada, é recomendável fazer também micromovimentos dos pés e do tornozelo para estimular a circulação do sangue venoso. “O ideal é fazer movimentos circulares, de flexão e de extensão dos pés, além de pequenas contrações da panturrilha, para minimizar o tempo em que os membros inferiores ficam estacionados”, recomenda a médica.

4. Evite cruzar as pernas

Cruzar as pernas provoca a compressão das veias, dificultando a circulação do sangue. Por isso, qualquer forma de evitar pressão sobre as veias é um meio importante para quem tem predisposição a trombose. Ao contrário, tente esticar bem as pernas e mantê-las em posição confortável.

5. Use roupas leves

Se o combate à trombose passa pela folga da compressão das veias, uma das formas de se garantir isso é usando roupas leves, que não apertem. Isto serve principalmente para uma viagem. Evite usar calças jeans ou legging. As mulheres podem adotar vestidos ou shorts mais soltos, enquanto os homens podem optar por bermudas mais largas.

6. Controle a alimentação

O consumo de alimentos mais gordurosos durante a viagem pode provocar sonolência e desconforto abdominal. Além disso, comidas ricas em sódio podem aumentar a pressão arterial e causar a retenção de líquidos.

Troque o cardápio para refeições pequenas e leves, de preferência aquelas com propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes ou ricas em fibra. “Alimentos ricos em ômega-3, como é o caso dos peixes, da linhaça, da chia, devem ter preferência, assim como frutas e vegetais, principalmente durante um trajeto que pode ser exaustivo para quem é suscetível à trombose”, explica Camila.

7. Consulte um médico antes de viajar

Prevenir é melhor do que remediar. No caso de indivíduos com trombose, esse ditado é um alerta. Quem tem histórico de trombose, varizes ou insuficiência venosa crônica – ou seja, problemas circulatórios que dificultam o transporte do sangue venoso até o coração – deve buscar orientação profissional antes de viajar. O médico pode ajustar alguma medicação e dar orientações extras para tornar a viagem mais agradável.

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“A trombose não avisa quando vai surgir, mas há fortes evidências de situações que servem como porta de entrada para sua manifestação. O máximo que for possível cumprir desses 'protocolos' para não transformar a viagem num pesadelo será bem-vindo”, aconselha a especialista.

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