SAÚDE VASCULAR

Vasinhos e varizes são a mesma coisa? Entenda a diferença

Especialista explica sinais de alerta e os comportamentos do dia a dia que podem agravar a insuficiência venosa; sintomas vão além da estética

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Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), as varizes têm uma prevalência de mais de 38% na população geral brasileira, sendo encontrada em 30% dos homens e 45% das mulheres no país.

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Apesar de serem muito comuns, a condição ainda gera dúvidas entre pessoas que convivem com má circulação, desconforto e sensação de peso nas pernas. A principal pergunta no consultório costuma ser: existe diferença entre vasinhos e varizes?

Segundo a especialista em cirurgia vascular e adepta da medicina do estilo de vida, Anna Paula Weinhardt, vasinhos e varizes fazem parte do mesmo espectro da insuficiência venosa crônica, mas cada um exige atenção e cuidados específicos.

Qual é a diferença?

“Os vasinhos, chamados de teleangiectasias, são pequenas veias de 1 a 2 mm de diâmetro, geralmente arroxeadas ou avermelhadas, e ficam nas camadas mais superficiais da pele. Na maioria das vezes, não necessitam de intervenção clínica ou cirúrgica, sendo tratados principalmente por questões estéticas, geralmente por meio de sessões que combinam produtos injetáveis e laser”, explica Anna Paula.

As varizes, por outro lado, são veias dilatadas, tortuosas e alongadas, com diâmetro maior e localizadas em camadas mais profundas. De coloração azulada, elas frequentemente requerem tratamento cirúrgico ou procedimentos mais invasivos, no próprio consultório.

Cuidados

A médica alerta, porém, que não é apenas a estética que deve chamar atenção. Sintomas como queimação nas pernas, inchaço ao final do dia, cansaço, sensação de peso e cãibras podem indicar a presença da doença mesmo antes de as veias se tornarem visíveis.

 

Em ambos os casos, o estilo de vida tem papel direto na prevenção e no tratamento, ressalta a especialista. “Grande parte dos vasinhos e varizes têm origem hereditária ou hormonal, mas é totalmente possível adotar hábitos saudáveis que retardem ou até reduzam a progressão da insuficiência venosa, já que diversos fatores influenciam no seu surgimento”, explica. Entre eles:

Tabagismo

Fumar prejudica a saúde das veias porque provoca inflamação crônica e piora a qualidade do sangue, deixando-o mais espesso e difícil de circular. A nicotina também causa vasoconstrição, reduzindo o calibre dos vasos e aumentando a pressão dentro das veias. Com o tempo, esses efeitos enfraquecem as paredes venosas e comprometem o funcionamento das válvulas que ajudam no retorno do sangue ao coração.

Obesidade

O excesso de peso aumenta a pressão que as veias das pernas precisam suportar diariamente. Quanto mais elevado o peso corporal, maior o esforço que o sistema venoso faz para levar o sangue de volta ao coração. Essa sobrecarga pode dilatar as veias, gerar refluxo venoso e intensificar sintomas como inchaço, sensação de peso e cansaço nas pernas.

Sedentarismo

A falta de movimento reduz a eficiência da panturrilha, conhecida como “segundo coração”, que impulsiona o retorno do sangue. Quando o indivíduo passa muito tempo sentado ou sem atividade física regular, essa musculatura enfraquece e o fluxo venoso diminui. Isso facilita o acúmulo de sangue nas pernas, o inchaço e o surgimento de varizes, além de contribuir para piora da circulação linfática.

Anna Paula faz um lembrete: “Mais do que procedimentos estéticos ou cirúrgicos, a prevenção das varizes começa no cotidiano. Hábitos como a prática regular de exercícios, uma alimentação equilibrada e o gerenciamento adequado do estresse estão entre os pilares essenciais para a saúde das veias e artérias.”

“Quando cuidamos desses fatores, fortalecemos a circulação, reduzimos a inflamação e protegemos o corpo para mais longevidade, menos sintomas e muito mais qualidade de vida”, afirma a médica vascular.

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