Infarto em academias: sinais de alerta que ninguém pode ignorar
Casos como o de BH chamam atenção para riscos cardíacos durante exercícios. Saiba como identificar sintomas e se proteger
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Siga noNa última segunda-feira (16/6), um homem de 47 anos morreu após passar mal e sofrer uma parada cardiorrespiratória enquanto usava uma esteira em uma academia do Bairro Fernão Dias, na Região Nordeste de Belo Horizonte. O episódio não é isolado. Em março, um homem de 40 anos morreu após passar mal dentro de uma unidade da rede de academias Smart Fit, no Bairro Santa Inês, na Região Leste da capital. Os casos somam-se a outros que acontecem em um ambiente voltado para a melhora da qualidade de vida.
É inegável: a prática de atividade física traz benefícios profundos para a saúde, especialmente a cardiovascular. O cardiologista Augusto Vilela, CEO do Instituto do Coração de Fortaleza, destaca que já são inúmeros os estudos comprovando os benefícios da atividade física regular, como:
- Redução do risco de infarto agudo do miocárdio em até 50%
- Controle da pressão arterial
- Melhora do perfil lipídico (aumento do HDL, redução do LDL e dos triglicerídeos)
- Redução da inflamação sistêmica e da resistência à insulina
- Melhora da função endotelial e vascular
- Redução do risco de diabetes tipo 2, obesidade, acidente vascular cerebral (AVC), Alzheimer e câncer
- Melhora da função imunológica e da qualidade do sono
- Ação contra a ansiedade e a depressão, com eficácia semelhante à de medicamentos em casos leves/moderados
- Aumento da energia, disposição e libido
Contudo, nem todo coração está pronto para ser exigido. “Assim como um carro precisa de revisão antes de pegar a estrada, o coração também precisa ser avaliado antes de ser colocado à prova. O ideal é que toda pessoa que inicia (ou retoma) a atividade física passe por uma avaliação cardiológica completa, especialmente se tem histórico familiar de morte súbita, infarto ou arritmias; já teve desmaios, palpitações ou dores no peito; ou apresenta fatores de risco, como pressão alta, colesterol elevado, obesidade ou diabetes”, enumera o cardiologista.
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A prática de exercícios salva vidas, mas precisa ser feita com responsabilidade. Por isso, a prevenção é o maior aliado da vida. Antes de iniciar uma atividade física, consulte um cardiologista, evite o uso de suplementos sem acompanhamento médico ou nutricional, e mantenha-se hidratado e com uma alimentação equilibrada.
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“Exames como o eletrocardiograma e o teste ergométrico são os mais indicados. E, mesmo estando liberado para realizar qualquer prática, esteja atento a sinais de alerta, como tontura, falta de ar desproporcional, dor no peito ou palpitações”, orienta.