SETEMBRO LILÁS

Cranioestenose: malformação deixa bebês sem espaço para cérebro crescer

Caso os pais notem um formato diferenciado no crânio do bebê, é preciso consultar um profissional médico para uma melhor avaliação

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A cranioestenose ou craniossinostose ocorre quando as suturas da cabeça do bebê se fecham de forma prematura. Estima-se que uma em cada duas mil crianças nascidas vivas, são diagnosticadas com a condição, nem tão rara assim, em todo mundo. Na maioria dos casos, o problema é identificado logo no nascimento do bebê. Porém, isso nem sempre acontece. 

O neurocirurgião pediátrico Alexandre Canheu explica que a cabeça do bebê só consegue passar pelo canal vaginal na hora do parto, porque existem os espaços entre os ossos. Já o crânio é todo mole, o que significa que o crânio do bebê é dividido em algumas partes, que vão se unindo conforme o crescimento da criança, até se fechar completamente.

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"O espaço entre os ossos nessa fase é chamado de sutura. Quando o fechamento é anterior ao período correto, o cérebro fica sem espaço para crescer, o que caracteriza a malformação. Ainda vale a pena acrescentar que as moleiras ou fontanelas, anterior e posterior, não têm nenhum efeito sobre o crescimento craniano e nunca devem ser fonte de preocupação, quando estão se fechando”, pontua o especialista.

Uma das consequências para o bebê é o aumento da pressão intracraniana, que pode provocar atrasos motores e cognitivos. Mas isso varia de acordo com cada paciente e o tipo da malformação, que pode ser dividida em cinco, diferenciadas pela localização da sutura fechada:

  1. Escafocefalia
  2. Trigonocefalia
  3. Plagiocefalia anterior
  4. Plagiocefalia posterior
  5. Braquicefalia

Causa 

A cranioestenose pode não ter uma causa identificada, ou seja, a condição é considerada idiopática. No entanto, a justificativa pode ser uma malformação isolada ou fazer parte de alguma síndrome genética, como a síndromes de Crouzon, Apert ou Pfeiffer - sendo as mais comuns. "Cada caso tem que ser avaliado individualmente, e as intervenções cirúrgicas geralmente estão indicadas a partir dos três ou quatro meses de vida”, afirma o especialista.

Na maioria dos casos, o problema é identificado logo no nascimento do bebê. Quando isso não ocorre, alguns aspectos físicos chamam a atenção dos pais, como cabeça mais alongada, olhos muito separados e testa maior do que de costume. O diagnóstico é feito em consultas de rotina ou com a avaliação de um neurocirurgião. Exames como tomografia, radiografia e ressonância magnética devem ser solicitados para analisar com mais detalhes a condição do bebê.

“A maioria das crianças precisa de intervenção cirúrgica, e por esse motivo o diagnóstico precoce é tão importante. O ideal é que elas passem por uma operação até no máximo um ano de vida, com o objetivo de corrigir o formato e tamanho do crânio, para que o cérebro tenha espaço e se desenvolva corretamente, sem causar problemas neurológicos”, ressalta Alexandre.

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